Levemente desaparecia
Alma translúcida de veneno
O Anjo já não era mais anjo;
O Humano já não era mais humano;
Mas algo de irrefutável acontecia
Enquanto ele partia sem previsão de volta.
Os sinos tocaram lá no fundo
Anunciando que não haveriam palavras a serem ditas, expostas, jogadas.
O vento traria liberdade quando fosse a hora,
Mas aquela distância silenciosa perpetuava no tempo como história.
Ah, a morte, a doce e cruel morte lambia a vida para longe do que vivia,
Depois dela o que restava eram apenas espólios do tempo e da dor de uma tristeza trincada.
Vidro espelhado cortava,
Chuva de tinta pintava,
Enquanto algo brilhoso derramava.
Todos estavam perdidos em seus santuários de pedra
Inertes, abandonados.
Como filhos esquecidos.
Estátuas de mármore choravam,
Dor se fazia presente.
Já nada mais importava.

Por ninichristie

Escritora e amante de fotografia, 24 anos, formada em Publicidade e Propaganda. Além de ser a louca por livros e ser fã compulsiva da série A Desconstrução de Mara Dyer e a trilogia Jogos Vorazes, também ama de paixão ser fotógrafa.

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