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É tão escuro aqui dentro que talvez se você entrar não enxergue nada, mas não há problema, quero que apenas entre e acenda as luzes, cada uma devagar e pacientemente. Essa é a minha casa, mas eu quero que se sinta a vontade para ficar. Quero que veja o que há dentro em mim, quero que veja que não é só medo e fuga, aqui também há algo como felicidade aprisionada, como uma sereia em um rochedo presa por marinheiros. Liberta-me!
E a maré sobe, e devagar ela se transforma. A lua cheia brilha sobre nós, seus sorrisos puros, as mãos dadas e os olhos que brilham sorrindo em minha direção.
Há quadros na parede, retratos na cabeceira da cama, poesias por todas as paredes, se você reparar melhor, poderá ver todos os meus sonhos e desejos listados, e saberá que em tudo isso há um pouco de você também.
Eu sou sua hoje à noite e amanhã também, todas as horas e em todas as estações.
Então se afogue, mergulhe em mim, não me solte, me agarre com mais força para que eu possa sentir você afundar sobre mim. E então você vai descobrir que eu não machuco como antes avisaram. Eu não sou espinho, não sou rocha, não sou gelo. Eu sou, como a velha lua uma vez me disse: você é todo o amor que eu lhe dei.

Foto: Pinterest

Por ninichristie

Escritora e amante de fotografia, 24 anos, formada em Publicidade e Propaganda. Além de ser a louca por livros e ser fã compulsiva da série A Desconstrução de Mara Dyer e a trilogia Jogos Vorazes, também ama de paixão ser fotógrafa.

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