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Olá leitores. Como estão? Espero que bem e preparados para mais uma resenha, a última da série “Deuses do Egito”. Hoje falaremos do livro “A Coroa da Vingança”, e farei um capítulo extra sobre o livro “O Duelo dos Imortais”, que também faz parte desse universo, mas, na verdade, é um livro extra mesmo com uma história a respeito dos deuses. No final eu conto mais sobre ele. Lembrando que já fiz resenha dos dois outros livros: aqui e aqui. Agora, o foco é o último livro dessa série maravilhosa e que teve o ciclo encerrado em grande estilo. Bora?

Fazendo um pequeno resumo da história desse livro, temos novamente Liliana Young. Uma garota nova-iorquina que teve sua vida virada de ponta cabeça quando conheceu Amon, um semideus/príncipe que acorda a cada milênio para fazer um ritual que mantém Seth, o deus do mal, em sua prisão. Muitas coisas aconteceram desde então e, no livro anterior, Lily se tornou uma esfinge – era o único meio de salvar Amon do mundo dos mortos. Acontece que, após os acontecimentos finais do livro anterior, Lily perde sua memória recente de tudo o que aconteceu com Amon, no mundo dos mortos etc e tal. Ela acorda na fazenda da avó, agora com outras duas vozes na cabeça e milhões de perguntas.

Bom, é preciso fazer algumas explicações. As duas vozes que estão na cabeça de Lily são, na verdade, Tia e Ashleigh. A primeira é a leoa que se uniu à Lily para se tornarem esfinge. A terceira, por alguma razão inexplicável, é Ash, a fada do livro anterior que também se uniu à Lily. Tudo isso, no fim das contas, tem uma razão, que eu não vou contar, é claro. Mas isso é descoberto logo no início, então, não nem tempo de ficar na curiosidade. Claro que tudo mesmo se revela mais pro fim, mas até lá, tem muita aventura e muito perigo para Lily.

Como meio que Lily voltou à estaca zero sobre seu conhecimento a respeito do mundo egípcio, nós meio que redescobrimos as coisas, logo no início, sobre esse universo. É interessante a forma com a autora consegue descrever essa perda de memória repentina de Lily, como ela pensa que é meio que maluca e fica à mercê das outras garotas em sua cabeça. Pessoalmente, achei uma escolha arriscada da autora resolver “perder” a memória de Lily, porque poderia deixar as coisas mais confusas para os leitores e até um pouco “desinteressantes”. Mas isso não ocorreu. Pelo menos pra mim, foi uma ótima sacada, que logo se resolve, ainda que não totalmente. O motivo por que a garota perdeu sua memória é ainda mais surpreendente pra mim. É algo que eu não esperava.

Enfim, de início, as coisas perdem um pouco do romantismo dos outros livros. Para quem se lembra, a autora fez uma escolha de colocar um tom certeiro de romance numa história de fantasia e que envolvia tantos perigosos, como o fim do mundo. Isso foi muito bem dosado, de modo a não ficar uma coisa muito “doce”. No terceiro, isso é muito diferente, eu creio, sem perder muito o tom da narrativa. Há espaço para romance, e quase ele pode ser o ponto mais importante, mas no fim, não é. Vejo que cada livro focou em um dos irmãos para ter um romance com Lily. E desculpem o spoiler, mas é fato. Não que Asten tenha tido um romance com Lily no livro anterior, mas a influência de Tia faz com que a garota fique balançada. Nesse último livro, acontece o mesmo, dessa vez com Ahmose, culpa de Ash. Até porque Lily não consegue se lembrar de Amon…

Seguindo em frente, foi interessante ver a avó de Lily ser inserida na história, conhecendo o mundo egípcio e os segredos que a garota esteve envolvida. O modo como ela aceita as explicações, no caso com a ajuda do dr. Hassan, foi muito legal e bem característico de avó, sabe? Deu um toque especial para a história, ainda que contemos com sua participação no começo e no fim da história. Eu achei muito bonito, principalmente sua relação com a neta.

Quero concluir minha resenha desse livro especifico dizendo que acho que uma coisa que acontece nesse livro é que tem muita luta, muita batalha, muito perigo antes do fim. E o fim, a batalha com Seth, foi muito “calma”, ainda que tensa e aterrorizante. Mas, tipo, não tem aquele ar de guerra, sabem? Os deuses chegam lá, assim como Lily e os filhos do Egito, mas muita coisa acontece sem, de fato, ter uma batalha em si. É mais as ameaças, revelações, surpresas. E bota surpresa nisso, viu? Se tem uma palavra que pode descrever o desfecho dessa história, é “surpresa”. Colleen reservou os capítulos finais para nos rechear com muita reviravolta, despedidas e expectativa. Pois, sim, uma hora parece que tudo acabou, mas então tem o próximo capítulo com um pouco de esperança.

Antes de concluir essa resenha, preciso falar sobre o livro “O Duelo dos Imortais”. Muito brevemente, esse livro conta um pouco da história da origem dos deuses egípcios e também de Seth, seu ódio e seu poder. É um livro das origens, de coisas que são citadas nos outros livros da série, mas de maneira muito breve. Do ponto de vista narrativo, segue a mesma linha que a anterior, no entanto, em terceira pessoa, com capítulos curtos e objetivos, até pelo livro não ser muito longe. Cada capítulo foca, no geral, em um deus específico, mas não é uma regra isso. Mas nesse pequeno livro, conhecemos muito mais da personalidade de Seth, e dos outros deuses. Mas também aquele toque de romance, muito propício.

Enfim, acho que é isso pessoal. No geral, adorei essa série. Sou fascinado por mitologias e acho a egípcia uma das mais bonitas, portanto, não poderia deixar de gostar desses livros. Se você ainda não deu uma chance, talvez chegou a hora, pois é uma jornada de muita aventura, muito romance e muita fantasia. Eu adorei e recomendo. Espero que tenham gostado dessas resenhas. Me contem o que acharam aí nos comentários, espero vocês. Até mais!

Ficha técnica:

A Coroa da Vingança

Autora: Colleen Houck

Editora: Arqueiro

Ano: 2018

416 páginas

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

Comentário sobre “Resenha: A Coroa da Vingança – Colleen Houck”

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