Resenha Prana - Jacqueline Farid

Olá, minha gente! Como vão? Hoje vamos falar sobre “Prana”, da escritora mineira Jacqueline Farid. Um livro intenso que vai da cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, até a Índia e os Emirados Árabes Unidos – que é a jornada de Prana em busca do pai e da verdade. A obra é um lançamento da Páginas Editora, e nos enviada pela nossa parceira Oasys Cultural (que eu já agradeço pela leitura incrível <3). Bom, sem mais delongas, aproveite a leitura!

Prana sai da cidade natal em Minas rumo à Índia e aos Emirados Árabes. Ela buscará seu pai, e passará por incríveis cartões-postais, como Dubai, Nova Delhi, o Taj Mahal, entre outros lugares que nos revelam um pouco da cultura indiana e dos Emirados. Nesta viagem, Prana terá “um percurso de descobertas que inclui sexo e repulsa, encontro e separação, medo e coragem, afeto e decepção, suspense e clímax, vida e morte.”

“Prana” é um livro curto, com apenas 178 páginas, comparando a livros que usualmente leio. E não há nenhum demérito nisso, pelo contrário. Essa parceria com a Oasys me permite sair da minha zona de conforto de leitura, o que é sempre agradável e surpreendente, no bom sentido da palavra – foi assim com os outros livros que nos enviaram.

O livro se assemelha muito a um conto em certos momentos, mas tem diversos elementos de um romance, como na própria narrativa. Escrito em terceira pessoa, o livro não tem diálogos, e mescla entre passado, presente e futuro no papel de uma mulher, já aos 40 anos, que está se redescobrindo enquanto busca pelo pai.

A leitura não é complicada – algumas horas e já conseguimos concluir a jornada de Prana. No entanto, a própria narrativa ajuda nisso. Mesmo não tendo diálogos e sendo bastante descritivo, o livro tem alguns momentos de suspense e expectativa que nos deixam curiosos para entendermos os objetivos da mineira e, ao mesmo tempo, sua experiência como turista em um país como a Índia.

Aliás, acho que esse é o ponto alto do livro: conhecermos Índia, e os Emirados Árabes, aos olhos de Prana, a partir de seu contato com os cheiros, as comidas, as pessoas, a cultura e a religião – porque essa também é uma rota sagrada pela qual Prana passa seus dias na Índia. Mas o livro é muito descritivo neste sentido, conseguindo nos inserir naqueles cenários exuberantes e quase nos fazendo sentir os cheiros daquelas cidades.

Acho que isso se tornou mais “intenso” quando li que a autora transforma suas viagens em histórias como essa. Isso dá um sentido muito real à história de Prana, quase nos fazendo nos perder junto dela no meio de tantas pessoas, num país como a Índia, como conhecemos apenas pelo relato de outros – eu pelo menos nunca estive lá, mas me senti lá através das palavras de Jacqueline.

Outra coisa a destacar é a vida de Prana em si, que eu acredito fugir de qualquer estereótipo e se confundir com a jornada dela pela Índia, principalmente. Lá ela se descobre e se transforma, mesmo na decepção, fazendo novas amizades, conhecendo de fato seu pai. Essas são as partes mais emocionantes da obra, mesmo ela se perdendo, às vezes, nas paisagens de Índia, mas essa mescla funciona muito bem durante a narrativa.

E é isso. Mesmo uma obra tão “curta” como essa, há muito o que dizer. Mas eu amei a experiência dessa leitura, principalmente em relação à jornada de Prana como uma “turista”. É como se eu estivesse lá, conhecendo os países junto da mineira. E eu amei essa sensação. Recomendo muito a leitura e espero que gostem como eu! Até mais!

Ficha técnica

Prana

Autora: Jacqueline Farid

Editora: Páginas

Ano: 2020

178 páginas

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

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