Olá pessoal! Tudo bem com vocês? Minha estreia aqui no Estação com resenha de literatura nacional. Comprei o “Ninguém Nasce Herói” na Bienal do Livro em 2018 por indicação de vários booktubers e só li esse ano. Então vamos de resenha e apreciem a leitura!
Ninguém Nasce Herói é um livro nacional distópico. A história se passa em São Paulo e o protagonista da história é um garoto chamado Chuvisco, o qual possui crises que o seu psiquiatra chama de catarses criativas.
O Brasil em “Ninguém Nasce Herói” vive em um Estado Fundamentalista, ou seja, é um governo enraizado em credos teológicos e com viés extremista, e qualquer ação ou protesto contra o governo é motivo de repressão, até mesmo algumas estampas de camiseta. O presidente, então, é chamado de o Escolhido e, assim como qualquer político, ele também possui seguidores fanáticos.
Dentro do grupo dos fanáticos, existe a Guarda Branca, que são seguidores do Escolhido que atacam as minorias, como mulheres, pessoas pretas e LGBTs. Em confronto a esse grupo – e ao Escolhido – existe o Santa Muerte, sendo um grupo de militantes que expõem podres do governo de forma ilegal, pois a imprensa não é livre no Brasil fundamentalista da história. Uma característica interessante desse grupo é que eles sempre estão com máscaras de caveira mexicana e são pessoas aleatórias, ou seja, pode ser um familiar de alguém e ninguém saber que a pessoa faz parte do grupo, além dos próprios integrantes.
Então, a história começa quando Chuvisco e seus dois amigos, Amanda e Cael, vão à praça Roosevelt, no centro de São Paulo, para distribuir livros que foram recolhidos de livrarias pelo governo, já que nem todo conteúdo pode ser acessado, e são recolhidos por palavras que possam atentar contra o governo. Após essa ação, em um outro momento da história, Chuvisco conhece Daniel, que é um artista que realiza intervenções usando origamis, possuindo uma frase defendendo o estado laico dentro de cada origami, motivo o suficiente para atormentar o governo.
No desenrolar na história, Chuvisco presencia uma agressão por parte dos membros da Guarda Branca. Chuvisco banca o herói e salva a vítima, mas acaba se pondo em risco. E o que vai acontecer com Chuvisco? Como o Brasil seguirá com essa repressão?
A história desenvolvida por Eric Novello é muito interessante, onde vemos esse Brasil que muitos temem, um mundo muito bem construído e os personagens são sensacionais. O que me chateia é que a história não me prendeu de primeira, pois o autor fica carregando o plot até gerar um clímax lá pras últimas 80 páginas.
Pra fechar, eu indico a leitura caso goste de livros distópicos e com um papo jovem, descolado e cotidiano. E não indico caso goste de história com muitas reviravoltas. A nota que dei no Skoob foi 3.5 / 5.0.
Espero que tenham gostado da resenha e lembrando que é uma crítica MINHA, nada impede que se interessem pelo livro e queiram lê-lo, pois acho importante valorizar a literatura nacional.
É isso, gente. Logo mais estou de volta. Abraços! E fiquem em casa.
Ficha técnica:
Ninguém Nasce Herói
Autor: Eric Novello
Editora: Seguinte
Ano: 2017
384 páginas
Avaliação média no Skoob: 4.1 / 5.0