Meu caro, sei que já lhe disse isso, sei que também fui muito boazinha em responder todas as suas mensagens depois de tanto tempo, de ter sido simpática e educada, ter rido de suas piadas novamente e brincado com você também. Aliás, não me arrependo disso, por que eu estava tranquila com minhas decisões, estava tranquila que você havia entendido bem o recado.
Que culpa tenho eu se, agora, você me chama e diz que não superou?
Ora, eu te disse o que pensava disso umas semanas antes.
Quem aqui criou expectativas ainda, depois disso?
Bom, eu não fui, e deixei isso bem claro a você, disse o que sentia.
Eu não te amo mais!
Com todas as letras. E, meu bem, se você entendeu errado, que culpa tenho eu? Que culpa tenho eu de ter te tratado com respeito e você ter confundido com interesse?

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Saímos juntos, sim, saímos, por que pra mim você ainda é um amigo valioso com quem gosto de conversar e sair às vezes, quando da.
Mas que culpa tenho eu de você ter entendido isso errado?
Eu segui em frente, que culpa tenho eu se você não seguiu em frente?
Aliás, que culpa tenho eu se precisei de você e você não se esforçou pra me alcançar? Me deixou solitária, não tinha tempo pra mim, pras minhas mensagens, pro meu amor? Que culpa tenho eu se depois de várias vezes tentando te fazer ver isto, você brigava comigo e fui obrigada a nos separar? Morando aqui, há meia hora de distância de mim, você já era distante, imagine agora há duas ou até três horas de distância? O que você ainda quer mudar, meu caro? O passado já está la trás e decisões já foram tomadas.
Eu te deixei, talvez fosse muito orgulhosa por não ter explicado da melhor forma que eu te queria, que sentia sua falta, mas como eu poderia dizer tudo isso se nem mais “eu te amo” você me falava?
Os teus “bom dia” me acordavam de uma noite mal dormida e pareciam muito forçados, como que pra dizer “olhe, eu não me esqueci” sendo que o que mais você esquecia era de me dizer “eu te amo, eu te quero, me beija”.
Uma dúzia de cartas te entreguei, compartilhei minha intimidade, te contei segredos sobre mim e disse o que em mim havia, qual a importância que você deu a isso?
Mais uma vez, talvez tivesse sido muito orgulhosa com você, mas e o meu silêncio? Como você o interpretou? Como se tudo estivesse bem, tenho certeza, sabendo que não e imaginando que era apenas uma birra.
Quando eu mais precisei, aí estava você, não se esforçando em uma virgula pra vir me ver, me segurar em seus braços e dizer “eu estou aqui”, era só o que eu precisava ouvir, enquanto você dava desculpas e eu via pessoas que lutariam com bichos de sete cabeças por mim e eu simplesmente não dei importância. Por isso, não me venha me culpar, não me venha falar de seus sentimentos, por que eu sei o que é melhor pra mim, eu senti mais dor do que você e não me venha falar de drama também, eu sei muito bem o que vivi enquanto sentia sua falta, e agora? Eu já não sinto mais.

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Portanto, eu não te amo mais e espero que o recado esteja dado, por que da próxima vez que eu for simpática é pra você não pensar em outra coisa. Por que meu bem, sua vez já foi e o tempo passou.

Por ninichristie

Escritora e amante de fotografia, 24 anos, formada em Publicidade e Propaganda. Além de ser a louca por livros e ser fã compulsiva da série A Desconstrução de Mara Dyer e a trilogia Jogos Vorazes, também ama de paixão ser fotógrafa.

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