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Olá, pessoal. Como estão? Espero que bem e com as leituras em dia! Convido-os agora para uma resenha de um livro muito especial que eu estava ansioso para ter em mãos – e devorar, é claro – e que eu amei ler. Estou falando do livro “O Herói Improvável da Sala 13B”, de Teresa Toten. Não me recordo bem como descobri sobre esse livro, só sei que quando vi o título e li a sinopse, pensei que eu tinha que ler. Pois bem, aqui estamos agora para falar sobre ele. Me acompanhem!

Esse livro é sobre Adam Spencer Ross, de 14 para 15 anos, também conhecido como Batman, e que tem Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Ele precisa lidar diariamente com os problemas em casa, por conta do divórcio dos pais, e com o meio-irmão, Wendell, que é amoroso e carente na mesma medida – uma medida bem extrema.

Adam faz parte de um grupo de apoio a jovens com TOC e, em um dos encontros, conhece Robyn Plummer, uma garota linda e que Adam simplesmente não consegue resistir – ele se apaixona perdidamente pela garota. Mas é perdidamente mesmo, sem conseguir parar de observar, pensar e minuciar cada detalhe dela. Mas não será fácil lidar com essa paixão em meio ao caos que está sua vida.

Não conheço Teresa Toten, confesso. Nunca li nada dela, e não cheguei a pesquisar sobre ela antes de escrever essa resenha. A forma como ela descreve esse transtorno, junto à ficção, é incrível de uma forma que até parece que ela tem TOC, ou estudou por muito tempo sobre o assunto. Eu já li alguns livros de ficção sobre pessoas com algum tipo de transtorno/síndrome, e a autora me surpreendeu bastante nessa história. São diversos elementos desse transtorno colocados aqui e ali dentro da narrativa que dão o toque especial desse livro. E não é diferente quando Adam conhece Robyn.

A autora coloca esse acontecimento como parte da rotina de Adam e sua vida em relação ao TOC, como isso afeta o que faz, como reage às coisas, como pensa. Para quem não tem TOC, é muito interessante conhecer como a mente de uma pessoa com esse transtorno pensa. Ou seja, o livro também é uma forma de terapia, mostrando como lidar com a complexidade do TOC, seja da própria pessoa que o tem, ou alguém que precisa lidar com isso diariamente também – trazendo uma certa esperança de cura e felicidade, why not?

Enfim, fazendo alusão ao título, o próprio Adam acaba se tornando o super-herói do grupo de terapia deles, de uma forma muito diferente e surpreendente. Acho que os momentos desse grupo como super-heróis, uma ideia que surge em uma das reuniões, são os mais divertidos do livro e, ao mesmo tempo, emocionantes. E é estranho também, como Adam consegue lidar e ajudar seus colegas, mesmo enquanto sua vida não está lá muito boa.

Bom, seguindo em frente, quero falar sobre a relação de Adam com duas pessoas em particular: sua mãe e Wendell (mais conhecido como Docinho). Começando pela relação mãe-filho. Adam mora com sua mãe, depois do divórcio. Ele passa alguns dias na casa do pai, mas sua casa mesmo é a que divide com a mãe. De início a autora entrega que há algo errado com a mãe de Adam. Ela também tem um problema, não sei se encaixa como um TOC. Mas enfim, esse problema faz com que ela tenha uma relação diferente com o filho e aja de uma forma muito intrigante. Ele meio que cuida dela, às vezes é ao contrário. Mas a história que a autora deu para a mãe dele revela um outro problema também muito real. Não quero entrar em detalhes, pois pode ser chato dar spoilers.

Então, chegamos a Docinho e a relação irmão-meio irmão. Docinho é uma criança muito carinhosa e muito carente. Mas é um nível extremo. Adam é praticamente uma necessidade para Docinho. O mesmo fascínio que Adam tem por Robyn, Docinho tem pelo irmão – a ponto de o pai e a mãe do menino recorrerem à Adam para acalmá-lo em situações emergenciais. E a atenção que Adam dá para o irmão, a calma, a paciência, enfim, é algo muito bonito mesmo. Ele deixa seus problemas de lado para ajudar Docinho e isso me surpreendeu muito. Novamente, Adam veste seu uniforme de super-herói. Parece que durante todo o livro ele assume esse papel, pois ele quer ajudar as pessoas.

No geral, é uma história emocionante, principalmente por conta da relação dos dois garotos, mas também pela luta das pessoas com TOC. Acho que todos nós, ou a maioria de nós, tem um pouco disso. Mas nesses casos dos livros, é muito mais intenso e sem comparações – e há casos reais de pessoas com transtornos nesse mesmo nível. E é algo que, lendo, quase conseguimos vivenciar. Eu me peguei contando com Adam, por diversas vezes. Enfim, acho que é uma história que podemos aprender muito, não apenas sobre o transtorno, mas também sobre relações, sobre o amor, e sobre a família.

Espero que tenham gostado dessa resenha. Se vocês já leram essa obra, me contem o que acharam. Para quem ainda não leu, mas reservou um tempo para conferir essa resenha, também quero saber o que acharam. Espero vocês! Até a próxima.

Ficha técnica:

O Herói Improvável da Sala 13B

Autora: Teresa Toten

Editora: Bertrand Brasil

Ano: 2016

320 páginas

Onde comprar: Amazon (físico) | Amazon (e-book)

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

2 thoughts on “Resenha: O Herói Improvável da Sala 13B – Teresa Toten”

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