Oi, galera! Temos fãs do “Simonverse” por aqui (assim como eu!)? Pois bem, hoje quero trazer pra vocês a resenha de “Com amor, Creekwood”, o mais recente livro de Becky Albertalli dentro do universo de Simon Spier, que tão bem conhecemos de “Simon vs. A agenda homo sapiens” (ou “Com amor, Simon”). Esse era o livro que eu precisava para dar aquela “espairecida” em tantas coisas negativas que vivemos atualmente. Bom, me acompanhem!
Simon está de volta. E trouxe de volta toda a galera de Creekwood: Blue, Leah, Abby entre tantos outros. Mas os tempos de escola acabaram e agora eles se aproximam da temida “vida adulta”. É aqui, por meio de e-mails, que descobriremos o que essa turma está fazendo, na faculdade, se descobrindo, os relacionamentos, como Simon e Blue estão sobrevivendo à distância e como Leah e Abby estão se descobrindo como algo mais sério.
Pra início de conversa, me deixe descrever esse livro de uma forma bem simples: apaixonante, representativo, não dá pra largar e no minuto que terminamos, queremos voltar no começo e reler. Mais ainda, a vontade é ler todos os livros a partir do primeiro. É um livro que fica ali na sua estante que, quando dá na telha, você pega para reler aqueles e-mails divertidos, e profundos ao mesmo tempo, só pra lembrar da sensação gostosa de uma leitura assim.
É isso o que representa “Com amor, Creekwood”. Becky traz de volta sua desenvoltura para escrever uma história divertida LGBTQIA+, ainda que por meio de e-mails, algo consagrado em seu primeiro livro, e sobre um assunto tão “próximo” de nós, que é essa jornada rumo à vida adulta. Quando deixamos de ser adolescentes e passamos a ter responsabilidades, mas sem esquecermos que ainda há espaço para o amor, para a amizade e para a família.
Sério, eu poderia passar horas falando sobre esse livro. Mas quero ser mais sucinto. Afinal, o livro não é tão longo (144 páginas) e é escrito por e-mails, como disse. Então isso torna a leitura ainda mais fluída e instigante, pois os e-mails certamente deixam aquela vontade de querer saber mais, de querer estar junto desses garotos e garotas que representam todo um grupo de pessoas do nosso presente.
Basta dizer que esse livro nos deixa lições incríveis sobre essa transição, sobre a importância da amizade, mas também sobre reservarmos um tempo para nós e pensarmos o que queremos da vida; como de fato nossas escolhas influenciam, e muito, nessa nova fase da nossa vida, e como devemos estar preparados para tudo, principalmente as adversidades.
Enfim, Simon continua sendo meu personagem favorito. Ele é incrível, engraçado, sensível, meio estabanado. Enfim, ele cresceu muito desde o primeiro livro, e acho que esse foi um ponto importante explorado pela autora. Como todos mudaram, mas principalmente Simon. Do garoto que estava se descobrindo para esse quase adulto que ainda não sabe tudo o que quer, mas que está chegando lá.
Por fim, gostaria de dizer que em momento algum pensei que seria uma história “forçada”, que a autora tinha escrito apenas para agradar os fãs. A própria autora faz um desabafo nesse sentido, nos agradecimentos. E eu simplesmente vejo que a história tem a narrativa de Becky, o tom certo de uma história LGBTQIA+ e o toque certo de algo mais “sério”, que foge daquilo “somos jovens e livres” para algo “agora estamos nos tornando adultos com um papel importante na sociedade”.
E é isso. Eu mais do que recomendo essa leitura, seja pra você dar algumas boas risadas, ou refletir sobro essa transição para a vida adulta e as escolhas que fazemos. Como disse, acho que é o livro certo para espairecer nesse momento “tenso” que vivemos. Espero que tenham gostado da resenha e até mais!
Ficha técnica
Com amor, Creekwood
Autora: Becky Albertalli
Páginas: 144
Editora: Intrínseca
Ano: 2020
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