Olá! Como prometido na primeira resenha, chegou a vez do segundo livro da série Magnus Chase e os Deuses de Asgard: O Martelo de Thor, de Rick Riordan (Intrínseca, 2016). A aventura de Magnus e sua ‘trupe’ é essa: encontrar o famoso Mjölnir, mais conhecido como o martelo do deus Thor. Acredito que todo mundo já tenha ouvido falar desse martelo e, na história nórdica de Riordan, ele tem uma função muito importante: impedir que os gigantes invadam Midgard, a nossa Terrinha amada ou o mundo dos humanos.
Vamos à sinopse: Seis semanas se passaram desde que Magnus Chase viajou até a ilha Lyngvi para tentar impedir o Ragnarök, e nesse meio-tempo o garoto começou a se acostumar ao dia a dia no Hotel Valhala. Quer dizer, pelo menos o máximo que um ex-morador de rua e ex-mortal poderia se acostumar. Mas ele deveria imaginar que não seria assim por muito tempo…
Magnus vai descobrir que casamentos arranjados ainda não saíram de moda: para recuperar o martelo de Thor, que está nas mãos dos inimigos, Loki, o deus da trapaça, propõe uma aliança. Na verdade, um casamento.
Sem o martelo, Thor não consegue proteger Midgard — o mundo humano —, e os inimigos estão ficando cada vez mais ousados. O Ragnarök vai começar. Os nove mundos vão queimar. Agora, Magnus, Sam, Hearth e Blitz têm apenas cinco dias para encontrar a arma perdida do deus do trovão, evitar uma invasão e impedir um casamento.
A narrativa é tão engraçada quanto no primeiro, mas eu percebi um pouco mais de ironia no primeiro, que é algo que me identifico mais.
“Do que Blitz e Hearth estavam se escondendo? E quem, em sã consciência, ia querer gravar “Fly Me to the Moon” em norueguês antigo?”
De qualquer maneira, Riordan nos leva, através da voz de Magnus, a novos mundos e aventuras que nosso pequeno-quase Kurt Cobain deve enfrentar para impedir, além de os gigantes descobrirem que o martelo sumiu, um casamento nada comum envolvendo Samirah-al-Abbas, ou só Sam, a valquíria que levou Magnus para esse mundo louco e confuso. Hearth, o elfo, e Blitz, o anão, continuam nessa jornada.
No entanto, há um (a) novo (a) personagem! Trata-se de Alex Fierro, irmã (o) de Sam. Você deve estar se perguntando o porquê de eu estar colocando entre parênteses o outro gênero. Isso porque Alex é um (a) personagem de gênero fluído. Ou seja, hoje ela se sente mulher, amanhã nem tanto. O fato é que, Loki, seu pai, também não é seu pai, é sua mãe. Isso porque Loki se transformou em uma mulher e dessa transformação, surgiu Alex (Confuso? Obviamente). O interessante é que essa é a primeira personagem com essa peculiaridade que está tão presente nosso mundo moderno nos livros de Riordan. E tio Rick fez isso muito bem.
“A maioria das atividades em Valhala era feita até a morte: Scrabble, rafting em corredeiras, comer panquecas, yoga. (Dica: nunca façam yoga viking).”
Mas, seguindo em frente. Alex se junta a eles nessa jornada. Isso porque ela tem um papel muito importante nisso tudo também! (Vou usar Alex como mulher, que é como eu me identifico mais com ela, mas entenda como quiser). O autor consegue trazer todas aquelas características típicas de uma aventura mitológica: ação, piadas sarcásticas, deuses irritantes e folgados e, claro, o mistério por trás de tudo: tudo não passa de um plano de Loki para tentar se libertar! Se ele consegue, é algo que você vai ter que descobrir lendo!
“O problema dos deuses é que não dá para simplesmente estapeá-los quando eles agem como idiotas.”
Enquanto lemos, vamos conhecendo mais os personagens. Dessa vez, conhecemos mais profundamente Hearthstone, e os motivos para ele ser meio solitário e sombrio. Na verdade, seu passado é algo muito sombrio também. Enquanto no primeiro conhecemos mais de Blitz, dessa vez Hearth protagoniza um drama daqueles! E claro que tudo isso influencia no caminho dos heróis e em sua missão.
“Aprendi uma coisa sendo filho de Frey: nem sempre era possível lutar as batalhas dos meus amigos. O melhor que eu podia fazer era estar presente para curar as feridas deles.”
É uma leitura fácil, instigadora e maravilhosa. Eu realmente me surpreendi muito com Alex e ela se tornou uma das minhas personagens preferidas. E SIM, eu shippo muito ela e Magnus (cruzando os dedos)! O fim é tão espetacular quanto o livro todo e deixa um caminho interessante para o terceiro e último livro (que até agora tem o título de Ship of the Dead, algo como Navio dos Mortos, e que deve sair em outubro deste ano).
Ah, e me deixe te contar: tio Rick consegue fazer um ótimo crossover entre a história dos deuses nórdicos e os deuses gregos. Isso mesmo! Se você não percebeu, o sobrenome de Magnus é Chase e quem mais tem esse sobrenome? Isso mesmo, Annabeth Chase, filha de Atena, deusa grega. Os dois são primos, e desde o primeiro livro ela marca presença. O que tudo indica é que no terceiro livro ela estará ainda mais presente (espero).
Então, leia O Martelo de Thor e faça sua malinha para embarcar no Navio dos Mortos, porque ele vem aí e vem recheado de mistério, ironia, ação e, espero, surpresas!
Ficha técnica:
Magnus Chase e os Deuses de Asgard – O Martelo de Thor
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Ano: 2016
400 páginas
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[…] Fonte: Resenha: Magnus Chase e os Deuses de Asgard (parte 2) – Rick Riordan […]
[…] pela série Magnus Chase e os Deuses de Asgard, de Rick Riordan (que tem resenha aqui e aqui). Pude relacionar diversas histórias contadas por Gaiman com o enredo da série de Riordan, e, […]