kfschneider

Uma história sobre um lago, um poço e mulheres suicidas.

O que realmente anda acontecendo em Backford? Realmente ninguém parece querer saber, todos os moradores se esquivam do assunto, até que Nel Abbott aparece morta. Teria ela também cometido suicídio? Teria sido assassinada? Algumas pessoas naquela cidade tinham motivos para querer vê-la morta.

Jules parece ser uma delas, a irmã de Nel, embora seja um pouco irritante, se torna alguém que você aprende a gostar, seus segredos pouco a pouco começam a ser revelados, e nós acabamos nos simpatizamos com a personagem e a compreender seus sentimentos.

Antes de morrer, Nel estava escrevendo um livro, o qual contava a sua versão sobre o que aconteceu com todas as mulheres que se suicidaram no “Poço dos afogamentos”. O que levou ao acontecimento dos fatos não foi imprevisível, você consegue descobrir, ou suspeitar de tudo logo no início, e eu sou obrigada a dizer: “confie nos seus instintos”.

Jules e Nel tinham uma relação complicada, o que manteve Jules tantos anos longe da irmã mais velha. Após o falecimento da irmã, Jules se vê obrigada a cuidar da sobrinha, Lena. Alguém que a faz lembrar de Nel em sua juventude, o que não facilita a convivência entre  a as duas. Embora Jules tenha um ótimo crescimento na trama, para mim, são Lena e o professor Mark, os personagens que deram força a história. A amiga de Lena, Katie havia cometido suicídio a um tempo atrás, e Lena não era a única a se conformar com a perda de sua melhor amiga, mas ela e o irmã de Katie, Josh, são os únicos que conhecem os motivos que levaram Katie a se jogar do poço.  Eu tive a nítida impressão de que Lena amava Katie bem mais do que uma amiga – espero não ser a única a ter visto isso, e quanto mais perto você parece estar da verdade, outros segredos começam a surgir e pouco a pouco o nó começa a ser desfeito e quase tudo começa a se encaixar.

O livro sem dúvida é instigante, tem uns pontos a favor e outros contra, como qualquer outro livro. No entanto, eu esperava mais, algumas perguntas ficaram sem respostas. Sei que não devemos comprar um livro a outro, mas eu senti falta da escrita em “A garota no trem” sem o exagero de detalhes irrelevantes, e personagens que me fizeram grudar no livro por três dias seguidos.

Leia a primeira resenha do Em Águas Sombrias aqui no blog: CLIQUE AQUI.

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