Resenha: Crescendo – Série Hush Hush – Becca Fitzpatrick

“A vida de Nora Grey ainda está longe de ser perfeita. Sofrer uma tentativa de assassinato não foi a melhor das experiências, mas, pelo menos, Nora ganhou um anjo da guarda: Patch, que de angelical não tem absolutamente nada. Ele é lindo, irresistível, misterioso está com ela. O problema é que ele tem sido cada vez mais evasivo, e, o pior: parece muito interessado na grande inimiga de Nora, Marcie Millar.

Não fosse isso, Nora jamais teria notado Scott Parnell, velho amigo da família que acaba de voltar para a cidade. Ainda que Scott a deixe furiosa na maior parte do tempo, é impossível não se sentir atraída. Lá no fundo, porém, ela tem certeza de que ele guarda um segredo.”

ALERTA DE SPOILERS

Como de costume, Becca nos impressiona novamente em Hush Hush. A continuação de Sussurro novamente não nos faz imaginar qualquer vestígio do que vai acontecer. Mais um fim surpreendente.

Não era preciso ser um magnata da leitura para perceber que em Crescendo, Nora teria uma relação com Patch além de Guardião x Protegida e que alguma coisa daria errado.

Estava na cara que eles continuariam juntos no livro e novas coisas aconteceriam. O que eu não esperava é que o volume simplesmente em questão de estratégia fosse praticamente uma cópia do primeiro livro. Tudo gira em torno de Nora, Patch tem segredos que não pode contar, tem um vilão que quer matar Nora, ela é assombrada e tudo acaba bem no final. Não que de alguma forma eu tenha odiado o livro, pelo contrário, a narrativa de Becca nos leva a muitos lugares e em vários pontos. Achei o livro extremamente calculado e de fato surpreendente, muitas revelações (como o nome verdadeiro de Patch, Jev), muitas coisas aconteceram. Meio óbvio que eu fiquei passando ódio do livro enquanto o lia em cada página. Mas vamos a nossa resenha opinativa.

“Ele sentiu quente e familiar. Sentia-se sólido e seguro. Eu queria agarrar a sua camisa, enterrar meu rosto na curva quente do seu pescoço, e nunca deixar ir.”

Começa por aí, Nora está saindo com Patch e percebe que há algo errado quando ela finalmente declara seu amor por ele, ele simplesmente some, não liga de volta e ela descobre que ele está passando pela casa de Marcie, sua inimiga desde a infância. O que Nora não sabe até o fim do livro e eu vou logo contar agora é que Marcie é sua irmã e Hank Millar, seu pai. Que ela fora escondida pelo pai Harrison para proteger Nora de ser sacrificada pelos anjos caídos para se tornarem humanos.
Então simplesmente após isso começa uma disputa entre Marcie e Nora por Patch, o que eu fiquei o livro inteiro odiando por mais que eu gostasse das ideias suicidas dela e Vee, sua melhor amiga, como invadir o quarto de Marcie e furtar seu diário (que a Nora nada malvada não leu). Ou seja, além da desgraçada da irmã dela roubar seu namorado e ele não dar a mínima (ao que parece) ela rouba o diário e nem lê. Totalmente sem graça, mas fazer o que? Não ganhamos nada com vingança! Lembrem-se disso, meus leitores, sejam como Nora. Mas deem uma espiadinha inofensiva antes rsrsrs.
Mas o que mais fez com que eu sentisse ódio não foi do livro e sim de Nora, justamente pela autopunição em estar nos mesmos lugares que Marcie e Patch, perseguindo-os e procurando provas do que estava acontecendo entre eles quando Patch dizia que nada. Sim, realmente nada, ele estava tomando Marcie como um troféu, apenas mais uma conquista e muito rápido. Esse erro do Patch me fez querer entrar no livro e voar no pescoço dele, por que tudo era culpa dele, simplesmente, ao menos neste caso.

“A única coisa pra que um namorado serve é pra ter seu coração partido.”

Por outro lado temos Scott Parnell, um amigo de infância de Nora que volta a cidade e ela nota que ele esconde algo, que tem algo de errado na existência dele ali, naquela cidade e ela sabe que há mais do que multas de velocidade e brigas. Então uma investigação sobre ele começa, Nora o persegue, invade seu quarto e ela tem de conviver que está sendo atormentada pelo espírito de seu pai, que ela acredita não ter sido morto, tirando algumas verdades sobre sua mãe se encontrar com o pai de Marcie e ela descobrir que é seu pai verdadeiro.

“Liguei meu olhar para onde eu tinha visto Patch pela última vez. Nossos olhos se encontraram. Sua mão estava rígida, segurou na parte de trás do seu pescoço, como se tivesse perdido no pensamento profundo e tinha congelado com a visão de me ver beijar Scott.”

É galera, aconteceu (hahaha) esta foi uma cena mais pro final do meio do livro em que Nora encontrou Scott na praia e o ajudou a ir pra casa, já que estava passando mal. Nesta parte vimos um pouco de como era Scott, um garoto nefilim com medo, com uma vida horrível e que estava fugindo, que se refugiava na bebida para se sentir melhor. Ele beijou Nora na frente de Patch numa festa que estava dando em seu apartamento e olha, eu me senti doce quando li essa cena, mas posso dizer que foi levemente estragada quando ele deu um pega maior em seu quarto e Patch entrou quebrando o rapaz inteiro. Ciúmes, babe?

Descobrimos no final que Scott era dos menores problemas de Nora, que na verdade era Rixon o maior manipulador da história (surpresa da tia Becca), esse foi o maior trunfo da história, eu não suspeitei nenhum minuto dele, tudo menos ele. Hahaha notem que é sempre um paquera de Vee que é o maior vilão, simplesmente, já que ela estava namorando com o amigo de Patch.
Rixon manipulou todo o jogo da forma que ele queria, disse a Nora que Patch era a Mão Negra quem matara seu pai (gente não detalhei essa parte, mas resumindo, Nora recebeu um anel falando que era do Mão Negra quem matara seu pai e ela desde então ficou investigando quem era e quem poderia ser, acreditando ser Patch no final das contas). Ok, até eu acreditei que era Patch, estava cega de raiva dele e até mesmo esperasse que Nora o matasse no fim do livro rsrsrsrs, o que obviamente não aconteceu, já que Patch a salvou quando Rixon tentou matá-la ao salvá-la de Scott que estava louco atrás dela por que ela roubou um dos anéis da Mão Negra. Na verdade Scott estava morrendo de medo de ser morto pelo tão famoso Mão Negra, que nem de longe matou pai de Nora, era simplesmente um pretexto para Rixon colocar a culpa em Patch e matá-la. Mão Negra na verdade é Hank Millar, (um verdadeiro babaca) o pai verdadeiro de Nora.
Galere, no começo do livro mostra uma cena de dois homens e um ataque, até aqui você já deve saber quem eram, simplesmente Hank e Harrison. O pai de Nora morreu defendendo a vida de Hank e o assassino nada mais é do que Rixon que queria matar seu vassalo nefilim para se tornar humano. No final do livro ele nos conta melhor sobre seus planos e Nora é perseguida por ele pelos túneis do parque de diversões. Patch revela que suspeitava e até se mostra surpreso e triste por ter sido seu melhor amigo, inclusive ele conta que Rixon tentou fazê-lo desistir de matar seu vassalo nefilim, justamente para que tivesse a oportunidade dele fazer e ser humano. Inclusive reparamos numa inveja grosseira e profunda de Rixon que é admitida enquanto ele persegue Nora. Tirando todas as vezes que ele a atormentou com a imagem de seu pai e as vezes que tentou matá-la, como quando invadiu o “apartamento de Patch” e ele o explodiu, ou quando fingiu ser Patch enviando um cartão a ela que estava com perfume e ela desmaiou com o cheiro do cartão ficando presa na escola por horas com alguém a perseguindo. Claro, era Rixon, mas como ela poderia saber?

“–Não me deixe, nunca – implorei a Patch, prendendo um dedo na gola da sua camisa e o puxando para perto.
–Você é minha, Anjo – murmurou ele.”

No final, tudo da certo, Patch conta a Nora tudo sobre o que tem acontecido, não que eu ache justo ela tê-lo perdoado depois de tudo, mas ele fez o certo, deixou de ser um anjo da guarda para resgatá-la e levar Rixon para o inferno de onde ele não deve mais sair. Por outro lado temos uma cena final de Hank Millar e outros nefilins aparecendo e encontrando-se com ambos. Nós sabemos que vai ter uma grande briga novamente, mas agora só em Silêncio é que saberemos o que realmente aconteceu depois desta cena.