Ola meus consagrados, como vocês tem estado? Conta aqui pra tia dos livros: o que vocês tem lido de bom? Eu só posso dizer que estou com um atraso enorme nas minhas leituras por falta de tempo, mas enquanto eu corro atrás do prejuízo, tenho muitas novidades pra vocês. Uma delas é esta resenha sobre o primeiro volume da série Divergente, espero que gostem.

Como todos sabem, essa série não é muito adorada, e entendo o por quê, os filmes não tiveram toda a atenção que deveriam ou todo o cuidado que deveriam e consequentemente muita gente quer distância dessa série. Pelo menos é isso que eu tenho sentido quando eu falo que estou lendo toda a saga ou que gostei muito da saga. Gente, os livros sempre são mais do que os filmes, não podemos nos esquecer disso. Então a minha sugestão é deixar de lado esse “ranço” pelos filmes e partir pra leitura que, aliás, é deliciosa.

RESENHA-DIVERGENTE

Divergente nada mais é do que uma distopia, eu como fã de distopias não poderia amar tanto um livro como amei Divergente. Eu que li toda a série (parei na metade do Convergente) posso afirmar que, de todos, esse é o meu livro favorito. O filme também me emocionou muito, mas o livro me despertou melhor, o livro foi o que me fez apaixonar pela personalidade de Quatro, aliás, todos os livros me fizeram amar Quatro cada vez mais, ao passo que Tris deve, literalmente, várias divergências na história. Maaaaaas, essa não é uma resenha dos livros em geral e sim do primeiro, então vou explicar de forma bem resumida sobre o que se trata e os meus pontos sobre os personagens e toda a história.

A história se passa na cidade de Chicago, uma visão bem futurista da cidade onde é dividida em cinco facções: Abnegação, Erudição, Audácia, Amizade e Franqueza. O sistema de facções nada mais é um sistema onde as pessoas vivem em grupos que tem uma única responsabilidade: seguir esses padrões e manter a ordem. Cada facção tem sua responsabilidade e não se encaixar em uma delas te torna perigoso e até mesmo invisível. Então a pressão para se encaixar em uma delas e permanecer nelas é gritante, principalmente quando se trata de jovens adolescentes que precisam dar tudo de si para se encaixarem numa dessas facções e não acabarem como os sem facções que são desprezados pela sociedade.

Sobre os personagens, eu gostei da narrativa de Tris, senti que, Divergente como primeiro volume foi um livro para apresentar os personagens e dar um pedacinho do problema que esses mesmos personagens teriam que lidar, inclusive achei que a forma que a autora abordou isso foi uma maneira bem sucinta e leviana. Tris é nossa personagem principal, já sabemos que ela é diferente desde a primeira página e sabemos que ela fará algo de grande quando ela decide que a Abnegação não é um lugar que a desafia e ela busca o desafio mesmo que ele seja grande demais pra ela. Então ela se torna da Audácia, passa por momentos horríveis lá dentro de medo, de agressão, de dúvida, de segredos. Tris é uma Divergente e Divergentes são mortos pelo sistema pelo fato de se encaixarem em mais facções e não uma única.

Sobretudo, temos Eric, um dos líderes mais novos da Audácia, o cara é duro de engolir desde o início, então logo de cara a gente cria um rançosinho dele, o cara é cruel e esse é um personagem que não se envergonha do que faz, ele quer mesmo é ver tudo explodindo, claro que, não pro lado dele. Além dele temos os amigos de Tris que, são inúmeros, mas são incríveis e esses amigos é o que fazem a gente entender os sentimentos de Tris e conhecer as outras facções de primeiro momento. Tudo isso é incrível, a forma como Veronica foi bem cuidadosa em mostrar esses detalhes de forma que quase não da pra perceber, ainda mais quando você fica tão imerso na leitura que não consegue parar.

E, finalmente, Quatro. Acho que se eu pudesse escolher uma pessoa pra compartilhar a minha vida toda seria com ele. Quatro é simplesmente o bom moço mais atraente e inteligente do livro, que tem uma mentalidade incrível e que respeita Tris, que ama Tris e cuida dela desde que é possível. Ambos desenvolvem um relacionamento muito lindo nesse primeiro volume. Quatro é simplesmente o Herói que todo mundo ama <3
Além disso, o posicionamento desse personagem do que é correto, a representatividade masculina dele sobre altruísmo, respeito, equidade é algo lindo, por que Quatro tem sua fragilidade, ele abre essa brecha para Tris entrar em seu mundo e é tudo muito incrível. Me apaixonei de verdade por esse personagem, ele foi o mais bem construído de toda a história e só a minha opinião importa hahaha.

Pra finalizar, eu acho que todos deveriam ler Divergente, entender a politicagem como tema central da série, nesse primeiro volume fica claro que algo em torno da política está acontecendo e vai ter uma reviravolta futura que vai ser injusta, então é interessante como isso é abordado para ser trabalho futuramente nos outros livros. E, precisamos ser formadores de opinião, Divergente é um exemplo nato de que ser submisso a um governo castrador com propósitos desumildes em nenhum momento funciona ou vai ser bom, e vemos esses exemplos em muitos outros livros como Jogos Vorazes e A Seleção. Que também são ótimos livros distópicos que coloca a política como tema central da trama. Esses livros são essenciais para formadores de opinião não se tornarem massa de manobra, para que nunca tenhamos que vivenciar algo semelhante.

Fica aqui minha super indicação de leitura pra vocês, espero que os fãs da série Divergente ainda estejam por aqui, por que sem dúvidas é uma série de livros maravilhosa que, infelizmente não teve sorte no cinema, o que me faz ficar triste por que a mesma produtora que fez Jogos Vorazes que fez um trabalho incrível nesse filme, não deu essa mesma atenção, esse mesmo carinho a Divergente, então só me resta rezar muito pra que a Disney compre os direitos de Divergente, faça um remake e dê o final que essa saga merece <3

Uma boa leitura a todos!!

Hugs and Kisses ;*

Por ninichristie

Escritora e amante de fotografia, 24 anos, formada em Publicidade e Propaganda. Além de ser a louca por livros e ser fã compulsiva da série A Desconstrução de Mara Dyer e a trilogia Jogos Vorazes, também ama de paixão ser fotógrafa.

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