Antes de tudo eu preciso expressar minha satisfação em ler este livro. WTF? Que história foi essa? Sim, estamos falando de “A Garota no Gelo” (Editora Gutenberg), de Robert Bryndza.
O enredo foi muito bem construído, principalmente a criação de cada personagem, principalmente a detetive Foster e o Serial Killer, que deram luz e ação à uma trama maravilhosa, capaz de dar inveja a qualquer autor. Eu só gosto de ler livros em que eu consiga construí-lo totalmente em minha mente, e esse foi exatamente assim, impecável.
Tudo começa quando uma jovem é encontrada acidentalmente no lago congelado. Tudo sobre ela é um mistério, até que sua identidade é revelada e é onde todo o caos começa. Quando digo “caos” você pensa em disputa de poder, guerra familiar e o silêncio que o dinheiro pode comprar.
A investigação fica sob o comando da Detetive Inspetora Chefe Erika Foster, uma mulher cujo o passado a persegue e todos no livro fazem questão de não fazê-la esquecer.
A família Douglas-Brown fica devastada com o assassinato de Andréa, a jovem encontrada no lago congelado. Andréa Douglas-Brown, a garota perfeita que todos amavam, acaba tendo seu passado revelado durante as investigações de Érika Foster, todos acabam descobrindo que Andréa jamais foi uma garota puritana, a filhinha do papai, ela era alguém que gostava de se aventurar com todo o tipo de homem, até se cansar deles. Em trancos e barrancos, nos vemos presos a um suspense até a última página. Todos são suspeitos, eu tive no mínimo quatro deles, mas um personagem em questão caiu no meu esquecimento e eu o descartei, deveria ter permanecido com esse personagem *.-
Não sei se todos farão o mesmo, mas o livro também me arrancou muitas risadas, como a prostituta Ivy, Érika e seus subordinados, Moss e Peterson, e, é claro, a estrela do livro: o assassino em série.
Eu não gosto de dar spoiler, então espero que todos leiam e que tenham a mesma surpresa que eu tive na revelação no final da trama.
O autor Robert Bryndz nos pergunta no final o que achamos da Detetive Erika Foster?
Eu simplesmente amei, primeiramente porque gosto de detetives femininas, elas sempre dão um suspense a mais, ainda mais quando são perseguidas e atacadas por quem elas perseguem, você fica torcendo pra ela reagir e não morrer, porque precisamos saber quem é o assassino. A personagem é determinada e muito inteligente, ela não desiste fácil e não importa se a própria cabeça rolar, ela vai até o fim para desvendar o crime, que parece ser insolúvel.