Olá, tudo bem? É com muito prazer que trago para vocês a resenha de “A Filha das Profundezas”, de Rick Riordan. Pois é, o autor de “Percy Jackson e os Olimpianos” está de volta. Mas esse livro não faz parte do universo de mitologias do autor. Ele se inspirou no clássico de Júlio Verne, “Vinte mil léguas submarinas” para criar uma história incrível, única e divertida. Então, espero que aproveitem a leitura.
A HISTÓRIA DE “A FILHA DAS PROFUNDEZAS” DE RICK RIORDAN
Ana Dakkar é uma dedicada estudante da renomada Academia Harding-Pencroft. É nessa escola que os melhores cientistas marinhos, guerreiros navais, navegadores e exploradores submarinos do mundo se formam. Ana é órfã – seus pais morreram em uma expedição científica – e agora, só lhe resta o irmão mais velho, Dev. Além da escola, é claro, onde ela e os colegas se preparam para a prova final, que promete ser importante, apesar de secreta.
Mas as expectativas de Ana para a prova acabam quando ela testemunha uma tragédia, que muda a vida dela e dos amigos para sempre. E as coisas são ainda piores, pois o Instituto Land, uma escola rival, quer fazer de tudo para que os alunos da Harding-Pencroft fracassem. Então, Ana descobre que é herdeira de um legado ancestral lendário, e agora ela tem uma missão: salvar seus amigos e o lugar que aprendeu a chamar de lar.
O DESENVOLVIMENTO
Um dos muitos pontos positivos das histórias de Rick Riordan é o desenvolvimento. Sem dúvida, ele sabe desenvolver uma trama de maneira ágil, objetiva, intrigante e “fácil” de ler. E por isso acho que sua escrita é tão diversa, pois consegue falar com vários públicos, em especial o infantojuvenil, claro. Mas o que quero dizer é que é fácil você consumir essa história, muito pelo desenvolvimento dela.
Afinal, o autor não se limita a simplesmente contar a história (claro que, na voz dos protagonistas). Ele cria todo um ar de mistério, segredos e expectativas que tornam a leitura muito mais interessante. E com isso, a leitura flui de maneira incrível. Riordan também aposta muito nos diálogos para movimentar a história. Além disso, os capítulos são curtos e se conectam de uma forma que você precisa continuar a leitura.
Uma coisa que não muda nas narrativas de Rick Riordan, e eu acho isso bom, é o fato de não sabermos nada do que está acontecendo. Assim como os personagens. Os segredos e as surpresas são recursos clássicos que ajudam a prender o leitor numa história. Convenhamos, quando você começa, você não consegue parar. E nesse livro, tudo isso é muito bem explorado pelo autor.
OS PERSONAGENS DE “A FILHA DAS PROFUNDEZAS”, DE RICK RIORDAN
Outro ponto positivo são os personagens. Começando por Ana Dakkar. Ela é a primeira protagonista mulher de Riordan. Pelo menos uma com as atenções totalmente voltadas para ela. Aos 15 anos, ela me parece uma protagonista muito madura, inteligente e sagaz, divertida de conhecer. Apesar disso, ela é uma personagem “clássica”: órfã, mas que deu a volta por cima e descobre ser mais do que pensava.
Contudo, no quesito personagens, o ponto forte são os coadjuvantes. Aliás, não é bem uma surpresa que Riordan inclua nesse romance personagens tão inclusivos e diversos. Uma coisa que adoro nele é esse esforço em tornar a literatura mais plural, em diversos sentidos, mas sem tornar isso forçado. É algo que vem com naturalidade, pelo menos para o leitor. E o melhor é que ele escreve tais personagens com destaque.
Nesse caso específico, temos a brasileira Nelinha da Silva, uma jovem perspicaz e sincera, amiga de Ana. Mas ela tem habilidades que ajudam e muito a jornada deles. Ester é outra garota incrível. Ela tem seu próprio jeito de fazer e entender as coisas e é bonito como as amigas, Ana e Nelinha, a compreendem tão bem. E Ester com certeza foge do estereótipo e é fundamental para a missão.
UMA FANTASIA QUE EXCEDE EXPECTATIVAS
Rick Riordan tem a façanha de sempre nos apresentar a universos novos, coisas fantásticas que pouco conhecemos. Geralmente, ele usa mitologias. Mas aqui a inspiração é um livro clássico de Júlio Verne. E aos poucos o autor vai nos apresentando a criaturas fantásticas, armas “diferentonas” e coisas ancestrais. Contudo, ele não deixa de lado como as coisas também avançaram tecnologicamente. É como uma união entre passado e presente.
Por isso falo em “exceder expectativas”. Quando eu soube desse livro e li a sinopse, imaginei algo incrível, claro. No entanto, não achei que ia gostar tanto quanto gostei. Não apenas por ser um universo novo, ou pelos personagens incríveis. Mas pela capacidade de o autor prender o leitor e nos fazer imaginar esse mundo extraordinário que habita sua mente e se traduz em livros.
A CONCLUSÃO DE “A FILHA DAS PROFUNDEZAS”, DE RICK RIORDAN
Por ser uma história única (em teoria), o desenvolvimento dessa história é diferente, como disse antes. Mas isso não significa que não há reviravoltas, e bem surpreendentes. É isso que move os livros de Riordan. Essa completa sensação de que não sabemos de nada até sabermos tudo – e ainda assim ficar algumas incógnitas. E isso acontece de início ao fim.
Sem dúvida, o fim desse livro consegue nos surpreender. Mais do que isso, consegue nos dar aquela sensação de calor no coração e emocionar. Isso porque a conclusão reforça tantas mensagens, sobre amizade, companheirismo, família e legado. E ainda assim entretém. Ele nos entrega ação, aventura, criaturas incríveis, e um belo toque de fantasia. Por isso é uma história que marca o leitor.
Sempre me vangloriei de como eu conseguia imaginar as histórias de Riordan na minha mente. Essa é uma sensação que nos atinge de uma forma que nem percebemos, como se as palavras dançassem em nossa frente. Portanto, se você procura uma história com tudo isso que acabei de citar, “A Filha das Profundezas” é o livro certo. Eu recomendo muito!
Enfim, é isso. Espero que tenham gostado dessa resenha e nos vemos na próxima!
Ficha técnica
A Filha das Profundezas
Autor: Rick Riordan
Páginas: 336
Editora: Intrínseca
Ano: 2021
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