Olá pessoal! Hoje é dia de resenha e fizemos algo diferente dessa vez. Eu, Douglas, e a nossa escritora, K.F. Schneider (Nat para os íntimos), falamos sobre nossas percepções do livro “A Mulher na Janela” de A.J. Finn. Então, esta é uma resenha dupla e vocês vão poder conferir nossas visões sobre essa obra de tirar o fôlego! Vamos deixar cada uma das resenhas escritas à sua maneira, com as explicações e nossas opiniões sobre o livro. Depois, vocês comentem o que acharam. Ok?

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PARTE 1 – RESENHA DA NAT

F#da… F#da demais.

Sim, tenho que começar esta resenha dizendo o quanto este livro foi surpreendente. A história tem seus altos e baixo, porém é compreensível, porque o autor quer nos enganar, nos deixar às cegas. O livro me arrancou risadas no ônibus e algumas lágrimas em casa. A construção da personagem Anna Fox foi simplesmente perfeita, me fazendo lembrar da maravilhosa Rachel, em “A garota no trem”. Sem contar as situações de filmes antigos, principalmente de Hitchcock e seus melhores filmes, como ” A sombra de uma dúvida”.

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Anna foi separada do marido e da filha de quatro anos, eles agora residem em outro lugar, pois não podem viver no mesmo lugar que ela. Com isso, ela sofre também de síndrome do pânico, não consegue de modo algum sair de casa. Ela vive sozinha numa casa enorme, tendo companhia apenas do seu gato e de um inquilino que aluga o seu porão. Anna tem como passatempo beber vinho misturado com seus remédios controlados, assistir filmes antigos, e espiar a vida dos vizinhos através das lentes de sua câmera, na janela. Até que uma família se muda para o seu bairro, a casa de frente à sua. Algo na família não lhe parece certo, e Anna fica obcecada por eles, até que o inesperado acontece, alguém é esfaqueado na casa, bem diante dos seus olhos.

Infelizmente eu não acertei quem era o assassino (a), e a forma como ele (a) se mostra a Anna, é de tirar o fôlego. Os direitos autorais foram adquiridos pela Fox, o filme está previsto para ser lançado no final deste ano, e Amy Adams já está escalada para viver o papel de Anna – amei a escolha.

PARTE 2 – RESENHA DO DOUGLAS

Bom, preciso começar essa resenha fazendo um pequeno resumo da obra, apenas para meu raciocínio funcionar. Anna Fox é uma psicóloga e tem agorafobia, devido a um trauma – não consegue sair de casa há quase 1 ano. Mora sozinha numa casa enorme e o marido e a filha estão em outro lugar. Por ficar sozinha naquela casa, o dia todo, ela tem vários hobbys, entre assistir filmes antigos, tomar seus remédios misturados com vinho e, é claro, observar os vizinhos pelas lentes de sua câmera. Esse é, talvez, seu principal passatempo e revela muito de sua personalidade ao vê-la descrever seus vizinhos. Até que chega uma família nova no bairro e eles vão virar a vida dela de cabeça para baixo.

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A narrativa é em primeira pessoa, com Anna contando tudo o que acontece, desde o ponto em que apenas lida com sua agorafobia, com os seus pacientes pela internet, sua rotina e, claro, seu hobby, até que os problemas começam a surgir e ela vê algo pela sua janela. É uma narrativa muito ágil e objetiva, com muitos diálogos, o que faz com que a leitura flua mais tranquilamente. A própria narrativa permite isso, na verdade. Como disse, os primeiros capítulos são sobre essa rotina dela, com ênfase nesse hobby de observar os vizinhos. Aos olhos do leitor, ela poderia, muito facilmente, ser definida como uma stalker.

É um livro que passa muito rápido, por ser muito objetivo e pela narrativa do autor ser tão instigante, que não te deixa parar de ler enquanto não descobrir o que está acontecendo. Confesso que, antes de ler o livro, surgiu algumas notícias sobre esse autor. Uma polêmica que não cabe a mim colocar aqui neste momento, mas que me deixaram com um pé atrás de ler essa obra. Os livros podem ser independentes da vida pessoal dos autores, principalmente quando se trata de ficção, mas nesse caso, quando você descobre algo do autor, pode influenciar muito a leitura. Mas, como eu já havia comprado o livro, dei um voto de confiança para a história, que me pareceu instigante no momento. E fico feliz que o tenha feito.

Achei interessante a parte dos diálogos no grupo de agorafobia que Anna faz parte. Achei uma boa sacada do autor, mostrando um pouco como as pessoas lidam com essa questão. Quando finalizamos a leitura, percebemos mesmo que é um livro sobre superação também, deixando o terror psicológico de lado, claro. Não apenas pelo fato da agorafobia, mas por outras questões também, que, confesso, me surpreenderam, mas depois, analisando a história em si, faz sentido que o autor escolheu essa maneira de mostrar como lidar com essa condição, deixando um “plot twist” interessante para o final.

Algumas coisas que são reveladas mais pro fim do livro eu meio que já tinha uma ideia sobre. De fato, o que vende o livro de que tudo aquilo que sabemos pode não ser a realidade é colocado em prática pelo autor. E isso foi muito surpreendente e deixou a história muito mais intrigante. Quando pensava que eu sabia tudo, o autor mostrava que não, eu estava completamente errado. É, de fato, um suspense psicológico de mão cheia. Confesso que li alguns livros no mesmo tempo em que mostram uma protagonista mulher que todos pensam que é louca ou que está “vendo coisas” que não aconteceram de fato. Talvez seja uma ideia que esteja ficando “velha”, mas que dá muito certo. Porque fica aquela expectativa: será que ela viu o que viu mesmo, ou será que é uma brincadeira da cabeça dela (e do autor)? E quando a narrativa é em primeira pessoa, isso fica ainda mais intrigante e torna a leitura ainda melhor.

Bom, acho que é isso pessoal. Fiquei sabendo, pela resenha da Nat, que esse livro será adaptado para o cinema e confesso que estou bastante curioso para assistir essa adaptação. Espero que consigam fazer uma boa adaptação. Enfim, eu mais que indico essa leitura, e espero que tenham gostado dessas resenhas! Comentem o que acharam, ok? Até a próxima!

Ficha técnica:

A Mulher na Janela

Autor: A.J. Finn

Editora: Arqueiro

Ano: 2018

352 páginas

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

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