Oi, galera. Tudo bem? Hoje trago para vocês a resenha de “Codinome Villanelle”, de Luke Jennings. Primeiramente, devo dizer que eu não esperava falar sobre esse livro. Mas gostei muito da leitura, que envolve espionagem, agências de segurança, assassina de aluguel etc., que decidi escrever essa resenha. Antes de continuar, acho que vale lembrar que esse foi o livro que inspirou a série “Killing Eve”, sucesso mundial. Então, aproveitem a leitura:
A HISTÓRIA DE “CODINOME VILLANELLE”, DE LUKE JENNINGS
Villanelle é o codinome de uma das mais habilidosas assassinas do mundo. Seus alvos são pessoas ricas e poderosas. Pois bem, é quando recebe a missão de assassinar um influente político russo que seu caminho cruza com o de Eve Polastri, contratada da agência de segurança nacional. Isso porque a agente, que tem uma inteligência ímpar, recebe a missão de capturar a assassina, e quem a contratou.
A questão é que Eve deverá caçar uma verdadeira psicopata, que adora sua vida de luxo. Ainda assim, a agente aceita a missão. Então, começa a caçada por todo o mundo. E nessa perseguição, nos deparamos com governos corruptos, organizações criminosas que têm muito poder em mãos, e um confronto em que não existe qualquer possibilidade de as duas, Eve e Villanelle, saírem ilesas.
A NARRATIVA DO LIVRO
Bom, por essa breve sinopse já dá pra entender a complexidade da história criada por Luke Jennings. Acontece que o livro não é tão “grande” – são apenas 216 páginas. Isso porque na verdade “Codinome Villanelle” é o primeiro volume de uma trilogia. Originalmente, os livros foram lançados de forma independente pelo autor, como e-books. Depois veio o sucesso da série, e a obra finalmente chegou ao Brasil pela Suma (Companhia das Letras).
A narrativa do livro é em terceira pessoa, pelas perspectivas de Villanelle e Eve. Mas de início, o autor introduz Villanelle e como ela se tornou uma assassina profissional – uma das poucas no mundo. Ou seja, ele fala sobre quem era ela antes de receber o codinome e como ela se tornou a assassina que é, agora. No entanto, essa introdução é “rápida”, mas suficiente para conhecermos um pouco da personalidade de Villanelle, antes e depois do codinome.
UMA PSICOPATA DE MÃO CHEIA
Então, o autor parte para a descrição de seus métodos, sua mente e sua rotina. E isso é muito interessante, e assustador. O autor consegue mostrar a diferença de quando ela interpreta uma personagem, quando tem uma missão, o que parece ser seu “normal”, e quando está sem uma “vítima”. Mas Jennings também mostra um outro lado dela, mais humano. Que pode ser um personagem também, para ajudar em seu disfarce e manter suas atividades sigilosas.
Mas é inegável como o autor consegue descrever essas faces diferentes muito bem. Em resumo, ela é metódica. Me passou a impressão de ser quase uma robô, muito fria, sem emoções e calculista. Vez ou outra é que há um lapso de algo que poderia ser considerado uma emoção. Talvez apenas o prazer de matar? Pode ser. Em resumo, Villanelle é uma psicopata. E isso é fácil de percebermos. Novamente, seus métodos foram o que mais me surpreendeu, como ela mata a sangue frio e não há nem um resquício de arrependimento, sei lá.
O LADO HUMANO DE “CODINOME VILLANELLE”, DE LUKE JENNINGS
Eve por outro lado, é bastante humana na descrição do autor. No começo, o autor a introduz como uma profissional do serviço secreto britânico, mas também uma esposa dedicada que está tentando engravidar. E ela parece de fato obstinada, ao passo que o caminho dela se cruza com o de Villanelle. Eve é muito inteligente e ela tem aquela natureza que vemos em agentes secretos, a perspicácia, a insistência. Enfim, me identifiquei muito com ela. Não tem como não gostar de Eve, e torcer por ela.
E da mesma forma que faz com Villanelle, Jennings parece querer colocar uma pouco da vida pessoal de Eve no meio da história. Pois, bem ou mal, isso também influencia nos seus atos, nas suas decisões etc. É aquela velha discussão sobre o trabalho se tornar mais importante que sua vida em casa. Então, não deixa de ser interessante, mas é algo que logo fica em segundo plano, quando as coisas vão avançando, tanto na investigação de Eve, quanto na rotina de Villanelle.
LIVRO vs. SÉRIE
É impossível não chegar no momento “comparação”. Veja bem, eu ainda não assisti à série, exatamente pois queria ler primeiro o livro. Acontece que vi os trailers, vi notícias sobre a série e as atrizes que interpretam os papéis principais. E foi difícil pra mim não visualizá-las enquanto lia o livro. Mesmo sabendo quase nada da série. Isso me ajudou a ter uma perspectiva, mas às vezes pode confundir. Não sei se quem leu e assistiu pensa assim. Me contem depois, por favor!
O CONTEXTO POLÍTICO DE “CODINOME VILLANELLE”, DE LUKE JENNINGS
É interessante falar que, desde o começo do livro, o autor nos insere num contexto político que envolve, principalmente, a Rússia e o lado britânico da Europa, por assim dizer. E é muito interessante isso, se envolver nessa coisa de espionagem, serviço secreto, grupos terroristas/extremistas. Apesar de ser um livro “curto”, na questão de páginas, o autor consegue nos fazer mergulhar nessa questão de maneira detalhada, mas ao mesmo tempo objetiva. Dando os detalhes necessários para entendermos o contexto e deixar o resto pra nossa imaginação.
Não deixa de ser também uma imersão na inteligência britânica e seus recursos. E o que é preciso fazer pra chegar a uma assassina de aluguel, psicopata e que sente prazer ao matar. Obviamente, é tudo ficção, entretenimento, mas é dos bons porque, sem assistir à série, consegui visualizar as cenas, seja de Villanelle em ação ou Eve em ação. É eletrizante, com certeza! Uma ação sem exageros, mas muito importante para a dinâmica da narrativa, fazendo as coisas “caminharem”.
O FIM?
Então, as coisas ficam realmente instigantes, no final. Mas, daí, o livro acaba. E agora só nos resta esperar o próximo livro – que eu ainda não sei nem se há previsão, mas suponho que saia em 2021 (à conferir). Mas é tão instigante esse final, como se tivesse um outro capítulo logo em seguida, que nos deixa mais ansiosos para o próximo livro. Ainda que, talvez, um pouco irritados também haha mas tudo bem.
Enfim, pessoal, acho que isso é tudo. “Codinome Villanelle”, de Luke Jennings, é um ótimo livro, com uma narrativa muito instigante e que envolve um tema que tenho adorado ler, cada vez, sobre espionagem etc. Espero ansiosamente pelo próximo. E vocês? Espero que tenham gostado dessa resenha. Até a próxima!
Ficha técnica
Codinome Villanelle
Autor: Luke Jennings
Páginas: 216
Editora: Suma (Companhia das Letras)
Ano: 2020
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