Resenha: O Príncipe Cruel – Holly Black

Porninichristie

ago 24, 2020

Olá meu povo, tudo bem com vocês? Espero que sim porque hoje falaremos sobre O Príncipe Cruel, livro de Holly Black que tem como principal cenário do enredo o mundo Feérico, ou seja, o mundo das fadas.

Então este livro é pra quem gosta de uma fantasia mais leve, com personagens icônicos, muita magia e um mundo a ser explorado.

Também vou contar um pouquinho sobre a minha experiência de leitura e o que eu senti da escrita de Holly Black.

Vamos lá?

SOBRE O PRÍNCIPE CRUEL

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A história toda é narrada por Jude, uma garota humana que vive desde a infância com a gêmea Taryn e a irmã feérica Vivi no mundo das fadas. Isso acontece porque a mãe das garotas fora brutalmente assassinada pelo pai de Vivi (Madoc), que levou ela e as garotas ao mundo feérico.

E, a partir disso, as duas meninas humanas encontram dificuldades de se ajustarem à aquele mundo, apesar de gostarem dele e até mesmo aceitam que o algoz de sua mãe seja seu pai, mesmo que adotivo. Em contra partida, Vivi o odeia e faz de tudo para se manter afastada (e está errada?), se mantendo distante até mesmo daquele mundo, que para ela não tem a menor graça.

E, acompanhando as irmãs Jude e Taryn, conhecemos outros personagens como Cardan, Nicasia, Valerian e Locke que estão a todo momento humilhando Jude, colocando a vida dela em risco e dizendo coisas depreciativas.

Mas essa é apenas uma parte da história, porque estamos falando de um contexto em que o Rei está para nomear alguém que assuma seu trono e aí acabamos caindo de cabeça em uma trama cheia de intrigas, mentiras e segredos, onde quem terá que lidar com isso será Jude e Cardan.

MINHA EXPERIÊNCIA LITERÁRIA

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Confesso que o bullying em O Príncipe Cruel me incomodou muito, todo o povo feérico trata, de alguma forma as duas garotas humanas, mesmo que façam parte da corte feérica, com muito preconceito e violência.

A relação das duas garotas humanas com Madoc também me incomodaram, eu ficava me perguntando a todo momento: como elas conseguem conviver com ele, tratando ele como se realmente fosse o pai delas tranquilamente e sabendo que ele matou a mãe das duas? Eu conseguia enxergar Vivi como a única sensata ali, apesar de ter achado a personagem muito birrenta.

E realmente não tinha motivo para que as garotas gostassem de Madoc como pai e o respeitassem como tal, mesmo que ele sempre tentasse agradar a elas de diversas maneiras. Achei que Holly podia ter trabalhado melhor nesse aspecto, porque mesmo com um final de quebrar as pernas de Madoc, não tinha um motivo de vingança e na história toda a relação deles é tratada com tanta naturalidade que você até se pergunta se foi realmente Madoc que matou os pais das meninas.

Sem contar que, até a metade do livro, a narrativa estava longe de ser interessante e muito confusa. Em alguns momentos a Jude conversa com o leitor e depois esse hábito desaparece da história completamente. Sm contar que, todos os diálogos parecem muito infantis. Isso me incomodou profundamente na minha leitura.

OS PERSONAGENS QUE MAIS PEGUEI RANÇO

Eu não tive tanto ranço das companhias de Cardan e nem do próprio príncipe. O Príncipe Cruel é um livro que a gente já sabe de início que esses personagens vão ser problema e muito chatos de lidar.

Mas o que mais tive ranço, na verdade, foi de Taryn e Locke. Locke por usar as duas irmãs e colocá-las uma contra a outra e Taryn por ser a personagem mais burra e traidora da história.

Eu já tinha um pé atrás com Taryn no início da história, e quando cheguei ao fim, eu simplesmente detestei ela ainda mais. Esta é uma personagem que desde o início não demonstra nem um segundo empatia pela Jude e não interesse nenhum em ficar do lado da irmã nos momentos difíceis, pelo contrário, ela culpa Jude por tudo o que elas passam nas mãos do feéricos.

Nem mesmo Cardan se mostrou um personagem tão duas caras e olha que o deboche dele é nível hardcore. Sem contar que a gente até entende um pouco de Cardan porque conhecemos um pouco, pelas descobertas de Jude, quem o príncipe é realmente.

CONCLUSÃO DE O PRÍNCIPE CRUEL

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Acho que só terminei esta leitura porque já tinha comprado o volume dois na pré-venda e a caixa bapho do Livros e Citações. Se não fosse por isso, eu com certeza teria abandonado a leitura muito antes de chegar na metade.

Por sorte foi uma leitura rápida (isso não quer dizer que o livro seja bom, apenas que a leitura é fluída) e consegui concluir tanto volume 1 quanto 2 na mesma semana.

A história tem um grande potencial, é notável o crescimento dos personagens, sobretudo no segundo volume, contudo acho que faltou a autora trabalhar melhor na ideia, na narrativa, na construção dos personagens e suas motivações.

É inegável que os livros são muito lindos e as edições muito bem feitas, com capas chamativas e uma diagramação confortável para o leitor contendo também um mapa por dentro que pode deixar o leitor babando.

Esse livro pode não ter sido muito do meu agrado pelos motivos que já especifiquei aqui, mas pode ser do agrado de muitos leitores e eu indico para uma faixa etária entre os 13 e 15 anos que eu tenho certeza que vai gostar muito da leitura.

De todo o mais, desejo a todos boas leituras <3

Hugs and Kisses :*

Por ninichristie

Escritora e amante de fotografia, 24 anos, formada em Publicidade e Propaganda. Além de ser a louca por livros e ser fã compulsiva da série A Desconstrução de Mara Dyer e a trilogia Jogos Vorazes, também ama de paixão ser fotógrafa.

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