Olá, galera! Hoje trago a resenha de “Vermelho Escarlate”, de JC Junot. A nossa parceira, Páginas Editora, nos indicou essa leitura, que é um romance policial. Sem dúvida, a história reflete bem o gênero, que eu adoro, com uma boa dose de jornalismo investigativo. Enfim, espero que aproveitem a leitura dessa resenha.
Na história, conhecemos o jornalista Marco Antônio Loriba. Ele é repórter do Jornal da Tarde e consegue irritar a polícia com seus “furos jornalísticos”. Mas seu atual caso com certeza mexe com ele. Afinal, crianças de rua de Belo Horizonte estão sendo assassinadas a sangue frio. Em paralelo, conhecemos Felipe, guitarrista de uma banda. Ele tem uma paixão quase obsessiva por Patrícia Campos, artista plástica, morta no início da carreira.
A NARRATIVA DE “VERMELHO ESCARLATE”, DE JC JUNOT
Precisei ser breve nessa pequena sinopse para não dar spoilers. Até por ser uma história relativamente curta, a narrativa é bem ágil, objetiva e instigante. É bem interessante como o autor consegue prender o leitor logo de início. Nesse começo, me deu a impressão de estar lendo um livro-reportagem de uma história real. Mas logo percebemos os traços de romance policial. O ritmo do livro é ótimo, e se conecta à trama.
Os capítulos são curtos e a escrita é ágil. É muito próxima do nosso coloquial, principalmente nos diálogos. Tudo isso ajuda a leitura avançar de maneira incrível. E no quesito descrição de detalhes, ele também ganha pontos, ainda que busque ser mais objetivo. Além disso, a trama não é complexa. Então, é fácil avançarmos rapidamente pela história sem nem percebermos.
RELAÇÃO JORNALISMO X FICÇÃO
Particularmente gosto dessa relação entre a narrativa jornalística e a literária. Seja no modo de escrever ou na própria trama do livro. O autor é jornalista e, portanto, conhece as técnicas jornalísticas que seu personagem usa para descobrir o que está acontecendo. Aliás, Junot consegue despertar no leitor o sentimento de querer ir a fundo na história. Um sentimento que o autor conhece bem, acredito.
De maneira surpreendente, ele consegue nos fazer sentir como o repórter, como o músico, como o assassino. Sim, sabemos quem é o assassino, ainda que ele seja uma incógnita para os personagens. Junot descreve muito bem essas personalidades diferentes. Principalmente as motivações do assassino e do repórter. E com todos, ele nos transporta para o que eles estão sentindo e imaginando.
“VERMELHO ESCARLATE”, DE JC JUNOT, É INTENSO
É incrível o ritmo que o livro ganha na reta final. Surpreendente, dinâmico, instigante e inteligente. Inclusive, tudo é muito bem amarrado, sabe? O autor não deixa pontas soltas. Ele conclui sua trama de maneira quase brutal, mas de forma muito inteligente. Acho que o sentimento, no final, é de que acabamos de vivenciar os bastidores da cobertura de um caso real.
Portanto, esse é um livro intenso e perfeito para quem gosta de romances policiais. Além disso, quem gosta da perspectiva de uma cobertura jornalística e os bastidores de uma investigação policial também sai muito satisfeito. Então, fica aqui minha indicação para que vocês conheçam essa história. Sem dúvida, vale a pena a leitura!
Espero que tenham gostado dessa resenha. À Páginas Editora, meus agradecimentos de sempre. Até a próxima, pessoal!
Ficha técnica
Vermelho Escarlate
Autor: JC Junot
Páginas: 198
Editora: Páginas
Ano: 2021
Onde comprar: Páginas Editora