UM TIRO NO PÉ DA ACADEMIA – Como Mad Max Estrada da Fúria pode forçar a Academia a rever suas nomeações para a categoria de Melhor Filme

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2016 começou ontem, mas já pode ser detido por homicídio doloso. Ainda não superei a morte de David Bowie e de Alan Rickman. Para quem saiu da caverna hoje, e não sabe quem são esses dois monstros, volta que ainda dá tempo, mas se quiser dar uma atualizada fique sabendo que Mad Max Estrada da Fúria corre o risco de levar a estatueta de melhor filme no Oscar 2016. Sim e se reclamar, o George Miller leva a estatueta de melhor diretor também. O longa foi indicado a nada menos que dez estatuetas, entre elas a de melhor cabelo e maquiagem, mixagem de som, edição de som, montagem, efeitos visuais, figurino, fotografia, design de produção, direção e filme.

O longa foi considerado o melhor filme de 2015 segundo a revista National Board of Review e além disso recebeu indicações em premiações como o Globo de Ouro e Critics’ Choice Awards. Agora você me pergunta, que @#$%&* tem Mad Max Estrada da Fúria para ser endeusado pelo público e crítica se o filme não foi aquela Coca-Cola toda na bilheteria? Vou tentar responder da forma mais fina e elegante possível: O que o @# tem a ver com a calça? O fato de um filme não ter arrecadado uma pequena fortuna nos cinemas não significa necessariamente que ele seja ruim, assim como o contrário. Inclusive, o que mais vemos atualmente são filmes genéricos, reboots e sequências sem uma gota de originalidade que arrecadam bilhões.

Estrada da Fúria já nasceu clássico juntamente com a Imperatriz Furiosa e a frase: “What a lovely day”. Quem não saiu cuspindo areia ao sair da sala de cinema e louco pra forçar os amigos a ver também?

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Mas… Estrada da Fúria não é uma sequência de uma série de filmes dos anos 70 e 80? É. Não é um filme de ação? É.

Então como a Academia vai premiar um filme que abrange tudo que ela simplesmente ignora ou menospreza? Simples, o filme em questão é bom e ponto. Desde o roteiro, escalação de elenco, interpretação, fotografia, trilha e logicamente direção, o filme não peca ou peca muito pouco em comparação a outros filmes do fatídico 2015, cinematograficamente falando. Que 2015 foi o ano do reboot, isso não é novidade nem aqui nem em Hollywood mas quando um reboot é bem feito, então nem a Academia pode ignorá-lo.

Diz aí se não seria lindo se Mad Max não abocanhasse os prêmios artísticos, Star Wars levasse os prêmios técnicos e o Sylvester Stallone a estatueta de melhor ator coadjuvante? Seria o Oscar mais nerd dos últimos anos.

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Por: D.W.T.M.

 

 

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