Olá, tudo bem? Hoje trago para vocês a resenha de “ICTUS: O prisioneiro sem nome”, de Marcelo Marçal. Esse foi um livro que a Oasys Cultural, nossa parceira de longa data, nos indicou e eu topei na hora. Sem dúvida, eu adorei mais essa aventura. Mas, confesso, é um tanto aterrorizante e a história pode conter gatilhos. Enfim, sem mais delongas, espero que aproveitem a leitura da resenha:
A SINOPSE DE “ICTUS: O PRISIONEIRO SEM NOME”
O ano é 2027. O mundo vive uma era pós-pandemia, na qual o vírus ainda é uma ameaça. Uma poderosa empresa de tecnologia, a SafeLife, desenvolveu o Hope, um sensor que identifica a presença do agente infeccioso em tempo real. Logo, o Hope foi adotado em todo o mundo. Márcio, um jovem advogado, é procurado para assumir a defesa de um caso e se vê envolvido em uma trama cheia de reviravoltas e segredos.
Quais são os verdadeiros interesses da SafeLife? Como um criminalista em início de carreira e um crime praticado no passado podem ser responsáveis por mudar o rumo da humanidade? Em uma narrativa dinâmica com um desfecho surpreendente e emocionante, o leitor é transportado para um futuro possível, sendo inevitável a reflexão sobre o que ele, de fato, nos reserva. (Fonte: Editora Labrador)
A NARRATIVA
Para começar, devo dizer que a ideia do autor de explorar a pandemia e o “depois” dela é bastante interessante e audaciosa. Digo isso pois é uma forma de nos fazer imaginar o que vem pela frente a partir de agora. Claro que essa é uma visão fantasiosa, mas que eu não a definiria como impossível. Há muita coisa que o autor narra que pode sim ser possível. Coisas que já acontecem em nossos tempos.
Por isso digo que essa pode ser uma história aterrorizante e com gatilhos. Muita gente foi afeitada pela pandemia, se não pela doença em si, pelas consequências dela. Então, é importante se atentar a isso, pois aqui temos uma história fictícia, mas com elementos muito reais do que estamos vivendo. Eu mesmo me senti um tanto quanto afetado ao ler tudo se desenrolando.
Certamente, vivenciamos uma mistura de distopia com ficção especulativa e ficção científica. Mas, enquanto isso, o autor surpreende ao trazer uma escrita dinâmica e uma linguagem objetiva e próxima do leitor. Aliás, essa proximidade com a nossa realidade e esse futuro imaginado é o que assusta e surpreende. E Marcelo Marçal consegue explorar isso de maneira brilhante.
O DESENVOLVIMENTO DE “ICTUS: O PRISIONEIRO SEM NOME”
O autor reserva as primeiras páginas para apresentar seu protagonista, Márcio, mas também situar o leitor sobre onde e quando estamos. Um mundo que passou por duas pandemias, e que se tornaram endemias pelo resto do mundo. Países colapsaram, mas o Hope, uma espécie de sensor que detecta a presença do vírus, se tornou uma esperança.
O Hope é como um passaporte sanitário moderno. Ele detecta instantaneamente o vírus e permite que as autoridades tomem medidas mais específicas. Acontece que nem todos podem contar com essa tecnologia, que não é barata. E aí, isso desenvolve uma segregação entre quem pode ter o sensor, quem não pode pagar por ele e quem é contra a empresa que o desenvolveu, aqueles que querem medidas mais efetivas.
E é nesse meio que o protagonista acaba se envolvendo. O autor vai criando uma cadeia de elementos que tornam essa trama algo muito mais complexo do que parece. São coisas relacionadas a uma conspiração e ao uso de tecnologia para espionagem. Isso deixa a leitura muito instigante e curiosa. É difícil você querer parar de ler. Afinal, agora que começou, você precisa descobrir tudo o que está acontecendo.
Aos poucos ele vai revelando pequenos fatos que deixam a história ainda mais intrigante. Então, estamos envolvidos numa trama muito maior que pensávamos. São segredos militares envolvidos e uma companhia que vem dominando o mundo. Sem falar nas reviravoltas impressionantes. Elas são dignas de todo o quebra-cabeça construído pelo autor ao decorrer do livro. Sem dúvida, uma trama muito bem desenvolvida.
A CONCLUSÃO
Durante a conclusão da leitura, é um sentimento parecido com o de retornar à superfície. Depois do mergulho que fizemos em um mar de aventura e ação. Mas, também, é algo que mexe com nosso psicológico, pois não estamos falando de tecnologia dominando o ser humano. São as pessoas usando do poder da tecnologia a favor de si mesmas e dominando os “inferiores”.
É como se a pandemia (ou pandemias, nesse caso) fosse a oportunidade perfeita para desenvolver uma ferramenta de divisão e espionagem. Contudo, e isso pode até parecer contraditório, eu também senti esperança ao finalizar esse livro. Uma emoção muito grande, por tudo o que perdemos nessa pandemia, mas esperança por dias melhores. E isso graças a personagens tão incríveis, devo dizer.
Não sei se essa foi a intenção do autor, nem se ele trabalhou com intenções. Mas ele conseguiu entregar uma história intensa, intrigante, aterrorizante e esperançosa. Que venham, de fato, dias melhores! PS: já estou ansioso para ler outras histórias de Marcelo Marçal. Enfim, “ICTUS: O prisioneiro sem nome” simplesmente surpreende o leitor, do início ao fim. E aqui fica minha indicação para vocês lerem também!
À Oasys Cultural, meu agradecimento por mais uma indicação fantástica. Espero que tenham gostado dessa resenha e nos vemos na próxima!
Ficha técnica
ICTUS: O prisioneiro sem nome
Autor: Marcelo Marçal
Páginas: 256
Editora: Labrador
Ano: 2021
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