Olá, pessoas, tudo bem? Hoje é dia de resenha e vou falar com vocês sobre “A Biblioteca da Meia-Noite”, de Matt Haig. Eu me interessei por esse livro por dois motivos. Primeiro pois, na pré-venda, ganhávamos um livro extra na compra dele. E segundo, pela história em si, depois que li a sinopse. Sem dúvida, acabou sendo uma grata surpresa. Espero que aproveitem a leitura dessa resenha.
Na história, conhecemos Nora Seed. Aos 35 anos, ela é uma mulher de talentos, mas com poucas conquistas. Aliás, ela vive se perguntando o que aconteceria se tivesse feito tudo diferente no passado. Quando é demitida e seu gato morre, ela decide por um fim em tudo. Então, ela se vê na Biblioteca da Meia-Noite, onde sempre é meia-noite. Lá, Nora tem a oportunidade de viajar pelas vidas que ela poderia ter vivido, se tivesse feito outras escolhas.
O DESENVOLVIMENTO E A NARRATIVA DE “A BIBLIOTECA DA MEIA-NOITE”
A proposta do autor é bem interessante. Ao narrar as vidas que Nora poderia ter vivido, conhecemos diferentes perspectivas de uma mesma pessoa. Ou seja, o livro vai e volta nessas infinitas vidas da protagonista, do que ela poderia ter sido, a partir dos seus arrependimentos. Isso pode parecer monótono em um primeiro momento. Contudo, são vidas tão diferentes, que acabam sendo uma descoberta para protagonista e leitor.
No início, conhecemos a vida de Nora até o momento em que ela decide acabar com tudo. É até meio depressivo, se analisarmos bem. Afinal, o mundo parece abandonar ela na mesma medida que passa a acreditar que sua existência não faria falta para ninguém. Então, desde o início, o autor mostra que essa é uma história mais filosófica, até que entramos na biblioteca com Nora e há um toque mais imaginativo.
Da escrita, o autor entrega uma narrativa muito objetiva e direta, com capítulos curtos. Isso faz a leitura fluir rapidamente. Mas não apenas isso, ele consegue te envolver na história com um jeito único de narrar a história. É um jeito diferenciado, despojado até. É quase como uma conversa com o leitor, mas na verdade você é só o ouvinte. Os títulos dos capítulos também são diferenciados, divertidos, te convidando a continuar a leitura.
UMA HISTÓRIA DE FÁCIL COMPREENSÃO E DE IMPORTANTE DISCUSSÃO
De fato, essa não é uma história complexa, nem muito inédita. E isso não é ruim. Pois, em certo ponto, a simplicidade dela a torna profunda, principalmente na discussão que traz. O autor nos faz pensar sobre nossos arrependimentos, o que seríamos hoje se tivéssemos feito uma escolha diferente no passado, mesmo que ele já tinha passado. Mas isso talvez nos leve a refletir sobre como queremos estar daqui a 20 ou 30 anos. Quem queremos ser?
Além disso, Haig também consegue trazer uma importante discussão sobre depressão. Talvez até para desmistificar alguns “mitos” dessa doença. Ele mostra que cada um tem uma maneira de lidar com isso. E, às vezes, como é preciso ter alguém, mesmo um profissional, para falar sobre. Por isso, é um livro que mexe com os leitores. Porque nos vemos nessa mesma posição, o que nós faríamos no lugar dela.
“BIBLIOTECA DA MEIA-NOITE” É INSPIRADOR
Acho que a melhor palavra para descrever essa história é essa: inspirador. Por meio de uma narrativa cativante, é quase uma terapia e uma viagem pelo “tempo” para os leitores. Afinal, ele também fala sobre segundas chances, sobre autoaceitação e sobre querer fazer a vida valer a pena. É uma história quase fantasiosa, mas é divertida de ler, mesmo com todas as discussões.
Portanto, fica minha indicação. Inclusive, acho que pode ser uma ótima dica de presente. Enfim, espero que tenham gostado dessa resenha. Até a próxima!
Ficha técnica
A Biblioteca da Meia-Noite
Autor: Matt Haig
Páginas: 308
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2021
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[…] “Como ser lembrado” é o romance de estreia do jornalista Michael Thompson. A obra chega pela Globo Livros, com 320 páginas. A tradução do livro é de Laura Folgueira. Além disso, segundo a editora, o romance é ideal para quem gostou de “A biblioteca da meia-noite“. […]