20190521_205846

Olá galerinha. Tudo certo? Como prometido, estamos de volta para falar sobre o segundo livro da série “Deuses do Egito”: “O Coração da Esfinge”, de Colleen Houck. Uma sequência sensacional para uma história incrível que me surpreendeu muito! Mas, fazendo uma pequena recapitulação, na semana passada falei sobre o primeiro livro dessa série, “O Despertar do Príncipe”. É só clicar no título e conferir. Mas, hoje, o foco é outro. Embarquem, novamente, comigo nessa resenha e aproveitem a leitura.

Resumindo a história, enquanto no primeiro livro somos apresentados à Lily Young e ao mundo da mitologia egípcia, no segundo conhecemos mais profundamente essa história, mas o foco total é em Lily. Isso porque a sua verdadeira jornada no mundo egípcio está prestes a começar. Na verdade, a história dessa obra começa praticamente após o fim dos acontecimentos do primeiro livro, quando Amon e Lily se separam, ele volta para o “além” e ela volta para a vida “normal” dela. Acontece que as coisas não estão tão bem assim: no final do livro, por alguma razão, o coração de Amon precisava ser pesado, mas ele foge, até então, por motivos desconhecidos… mas nós meio que já tínhamos uma pista.

E então começamos “O Coração da Esfinge”. Lily decidiu que precisava de um tempo de casa e dos pais e resolve passar um tempo com a avó em sua fazenda. Acontece que ela sonha com Amon, que está em perigo no mundo dos mortos, depois de ter fugido do julgamento de seu coração. Ela carrega um amuleto, que Amon fez questão de dar para ela antes de “morrer” na Terra para voltar para onde sempre pertenceu. E isso faz os dois terem uma ligação muito forte, fazendo com que os deuses egípcios precisem da ajuda dela para salvar Amon e, consequentemente, salvar o mundo. Por que, sim, ainda existe essa ameaça, mesmo o ritual que deveria manter Seth em sua prisão tenha dado certo. Mas isso é uma coisa pro futuro. Primeiro, e mais importante para Lily, é salvar Amon. Para isso, ela deverá se transformar em outra coisa.

Aqui começam os spoilers, pois não tem como eu falar do livro sem dar spoilers, nesse caso. Eu não gosto de contar muito sobre o livro, portanto, serei o menos detalhista possível nesse sentido. Lily precisa se tornar uma esfinge. Para isso, ela contará com a ajuda de dr. Hassan, do primeiro livro. É preciso um ritual, uma espécie de encantamento, no qual ela se ligará a outra criatura, se tornando esfinge. A escolhida é a leoa Tia, que entra na cabeça de Lily e as duas passam a viver no mesmo corpo. Isso não foi bem uma novidade pra mim. Eu já li um livro que mostra duas pessoas vivendo em um mesmo corpo, mas não me lembro que livro foi (se vocês conhecem, me ajudem!! rs).

Enfim, é realmente divertido isso, apesar de poder deixar a pessoa louca. Mas eu amei Tia e sua personalidade leonina. Mas, seguindo em frente, ela então se torna uma esfinge e agora pode entrar no mundo dos mortos à procura de Amon. Ela mal sabe os perigos que a esperam nessa jornada. Nesse segundo livro, as coisas estão muito mais perigosas, isso é bem perceptível. Mas, também, conhecemos mais desse mundo egípcio, dos deuses e tiramos algumas dúvidas que ficamos no primeiro livro, que, no caso, eram as mesmas dúvidas de Lily. E o fato de ter uma personalidade diferente em sua cabeça, deixará as coisas mais interessantes e, ao mesmo tempo, mais confusas.

É incrível ver Lily com poderes. É algo que se encaixa, ainda que, depois, descobrimos os motivos para isso. Mas vê-la como uma heroína, e não mais uma “ajudante” de semideus é muito legal e bonito, ao mesmo tempo. A narrativa de Colleen mostra muito bem isso. Eu já disse anteriormente e repito, ela é incrível narrando essa história, ainda que na voz de Lily (e agora Tia também). Eu amo histórias de mitologia, acho que a cultura que podemos absorver dessas histórias, ainda que de uma ficção, é muito válida. Acho que, além disso, a autora consegue descrever muito bem essa confusão na cabeça de Lily, não apenas com Tia vivendo ao lado, mas também com seus sentimentos amorosos.

A narrativa é eletrizante de início ao fim. Gosto de livros assim, como bem sabem, objetivos e com uma linguagem clara. Mas também há espaço para o humor, para partes mais “românticas”, enfim. Nesse livro, o foco é totalmente a transformação de Lily e a busca para salvar Amon, e a história é muito mais sombria. As coisas ficam realmente sérias. Mas, novamente, nos leva a conhecer esses lugares incríveis que Colleen criou. Nos coloca lá, sentindo os arrepios, o calor, o frio, enfim, é uma sensação muito boa ler o livro e se fazer “presente”, ainda que apenas mentalmente, no mesmo mundo.

Aos poucos, nos é relevado mais do papel de Lily em toda a saga e na salvação de todos das garras de Seth. Não vou contar, obviamente, qual seu papel. Mas nesse livro, isso é ainda muito cru. O foco é realmente encontrar Amon e, lá, somos apresentados à Devoradora, uma espécie de criatura que se alimenta de almas e energia das pessoas e outras criaturas. Ou seja, já sabemos qual é o destino de Amon, caso Lily não chegue a tempo… Além disso, conhecemos outras criaturas que fazem parte do mundo dos mortos, que são bem aterrorizantes. Mas acho que o pior são as almas que estão perdidas por lá. O desespero deles é ensurdecedor, ainda que esteja tudo descrito em palavras.

E chegamos ao fim, que é uma verdadeira confusão. De início, foi difícil compreender o que realmente aconteceu. Eu precisei ler a sequência para entender tudo, o que faz sentido, já que é uma continuação do livro anterior. Isso quer dizer que fiquei ainda mais ansioso para ler o desfecho dessa história, que nos leva à resenha da semana que vem! Espero que tenham gostado dessa resenha de hoje e deixem, em seus comentários, suas impressões. Aguardo vocês. Até mais!

Ficha técnica:

O Coração da Esfinge

Autora: Colleen Houck

Editora: Arqueiro

Ano: 2016

368 páginas

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

2 thoughts on “Resenha: O Coração da Esfinge – Colleen Houck”

Deixe uma resposta