Olá leitores! É um prazer poder escrever mais uma resenha para vocês e essa em especial eu faço com ainda mais felicidade. Isso porque vamos conversar sobre “O Despertar do Príncipe”, de Colleen Houck, o primeiro livro da trilogia “Deuses do Egito”. É realmente maravilhoso poder ler novamente uma história baseada na mitologia egípcia, uma das minhas preferidas. Espero que embarquem comigo nessa locomotiva e apreciem a leitura.
Que os deuses egípcios, gregos, romanos e nórdicos existem todos nós sabemos rs Ok, não sabemos que eles existem, mas, nessa história, eles são reais. Mas não vamos falar muito deles, não. Nesse livro, vamos conhecer Liliana Young, uma jovem de 17 anos, bem de vida, mas que precisa seguir determinadas “regras” para poder ter todas as coisas que têm. Um dos seus lugares preferidos para visitar é o Metropolitan Museum of Art, e é lá que ela se depara com algo que mudará toda sua vida: uma múmia. No momento que está lá pensando na faculdade, o príncipe Amon, que até minutos atrás era apenas uma múmia, renasce.
Quando eu disse que não falaríamos muito dos deuses egípcios, era um fato. Eles existem, mas são coadjuvantes nessa história. Até porque Amon, um príncipe que recebeu poderes divinos, está em uma missão milenar: precisa, ao lado dos dois irmãos, concluir uma cerimônia para manter o maligno deus Seth nas trevas, pois se ele renascer, será o fim do mundo.
Quero começar, de fato, dizendo que toda a história de mitologia que li, com exceção dos livros de Neil Gaiman, os autores têm uma certa fixação nessa coisa de fim do mundo, o mundo ameaçado etc. Isso não é bem uma crítica, pois eu gosto de todos os livros com essa temática que li até hoje, sem exceção. Mas é um fato a ser considerado. Nesse caso da série de Colleen Houck, acho que ela tenta fugir um pouco disso. Claro, se os príncipes não fizerem a cerimônia, o mundo vai acabar. Mas é mais do que isso. E isso foi muito bom, um diferencial interessante.
É inevitável a comparação com Rick Riordan. Claro, são história totalmente diferentes, mas Colleen tem os mesmos ingredientes que me agradam em Riordan, como a dose de humor adequada à história, a narrativa em primeira pessoa, ágil e objetiva, mas com os detalhes certos nas horas certas. E falar de mitologia de uma forma tão “simples”. Isso mostra o quanto eles devem ter lido sobre a mitologia, e como conseguem transpor isso para a histórica de ficção tão bem, de uma forma agradável e que nos faz conhecer um pouco da mitologia por meio da ficção. Enfim, isso é algo que sempre me agradou nesse tipo de livro, e Colleen foi excepcional nesse quesito.
Continuando, preciso dizer da adaptação ao mundo atual por parte de Amon. Algo que me agradou é que a história se passa na nossa “era tecnológica”, o que nos aproxima mais da história. Ver como Amon se adapta a tudo isso é realmente interessante e engraçado. Veja bem, ele acorda a cada mil anos. Ou seja, a última vez que esteve em missão foi em 1.000 e alguma coisa. As coisas eram muito diferentes e isso é bem evidenciado pela autora. Não apenas isso, mas comparando a quando os príncipes eram vivos no início de tudo, milhares de anos antes. Ainda assim, acho que ele se adaptou muito rápido. Achei que a autora poderia explorar mais isso, não de forma que ficasse chata. Mas é compreensível, Amon é praticamente um deus, portanto, é “fácil” se adaptar, ainda que precise da ajuda de Lily no início.
Aliás, Lily e Amon têm uma excelente química. Claro que Lily fica encantada com o físico de Amon, que é todo musculoso e tal, segundo a própria descrição da garota. Essa descrição, inclusive, achei quase exagerada. Tiveram momentos que pensei comigo: “nossa, forçou um pouco”. Isso não quer dizer que o cara não tem que ser musculoso e extremamente bonito. Mas acho que ela exagerou em certos momentos. Mas não sei, pode ser que isso foi uma escolha proposital da autora, afinal, quem narra isso tudo é Lily e, para a garota, ele pode ser exageradamente bonito. Não é um problema tudo isso, mas de fato é algo que ficou na minha cabeça.
Além da química, Amon causa um efeito em Lily estranho e ao mesmo tempo compreensível. Não vou revelar o motivo, mas a forma como ela se “adapta” a ele é interessante. E ela mesma descreve esses efeitos nela, e meio que se confunde com seus sentimentos. Claro que os irmãos dele, quando acordam, também causam certo efeito na garota, mas não é o mesmo da “primeira impressão” que ficou ao conhecer Amon. Mas vale o destaque para os irmãos de Amon, que também são engraçados e personagens interessantes de serem lidos, se é que isso faz sentido.
Para finalizar, quero deixar claro que, como disse anteriormente, a mitologia egípcia é uma das minhas preferidas. Acho tudo muito bonito e interessante, me dá interesse em pesquisar sobre e conhecer mais. Nesse livro, os cenários são tão bonitos quanto, mas não foge muito da nossa realidade. Ainda assim, eu sempre achei uma mitologia fascinante e ler um livro baseado nela, é muito bom e totalmente recomendável rs
Pois bem, na semana que vem eu volto com a resenha do segundo livro dessa série. Enquanto isso, comentem aqui o que acharam dessa resenha, quem já leu o livro, se concorda ou não comigo, e quem ainda não leu, espero que esse texto lhe instigue a dar uma chance à série. Até a próxima!
Ficha técnica:
O Despertar do Príncipe
Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
384 páginas
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