Holmes, o Maligno

Olá, pessoas, como vão? Hoje trago a resenha de “Holmes, o Maligno”, de Kerri Maniscalco. Esse é o último livro da série “Rastro de Sangue” e sequência de “O Grande Houdini” (resenha aqui), “Príncipe Drácula” (resenha aqui) e “Jack, o Estripador” (resenha aqui). Enfim, aproveitem a leitura dessa resenha.

Sem dúvida, Audrey Rose Wadsworth e Thomas Cresswell já investigaram muita coisa e estiveram nos mais variados locais, todos bem sombrios. Mas agora, para a aventura final, eles estão na Chicago do século XIX, rodeada de segredos. Eles descobrem que pessoas estão desaparecendo e crimes estão ficando sem solução e não hesitam em ajudar a polícia a desvendar esses mistérios.

Acontece que essa ajuda pode trazer perigos inimagináveis para a dupla. Afinal, eles se envolvem em uma caçada mortal. Nesse jogo, eles precisam estar sempre a frente do assassino, antes que tudo termine bem ruim. Até porque o criminoso não é qualquer um, mas sim Herman Webster Mudgett, mais conhecido como H. H. Holmes. E agora, será que eles vão conseguir pegar esse assassino?

O DESENVOLVIMENTO DE “HOLMES, O MALIGNO”

Semelhante aos romances anteriores, a autora parte do mesmo ponto em que terminamos o livro anterior. Isso é positivo para dar essa sensação de sequência de fato. Em alguns livros do gênero, nunca sabemos se passaram-se dias, meses ou anos da história anterior. Então, aqui, a autora utiliza muito bem esse artifício. Como se fosse uma única história de verdade, dividida em quatro grandes capítulos.

Portanto, o desenvolvimento da obra continua sendo um ponto forte de Kerri Maniscalco nessa série. Ela segue uma linha de tempo que faz sentido e consegue conectar as outras histórias com essa de maneira muito inteligente. É, de fato, como o fechamento de um ciclo. Ela retorna ao clima do primeiro livro, mas em outro continente. Além disso, é a conclusão de um período da relação dos protagonistas, também.

O EQUILIBRÍO ENTRE PESSOAL E INVESTIGAÇÃO

Um ponto interessante de se analisar é que, neste romance, a autora perde um pouco do equilíbrio que ela tinha nos romances anteriores. Falo da questão da relação entre os protagonistas e a investigação em si. Tem uma paixão intensa acontecendo entre os dois. Mas a investigação e os crimes também ganham um outro nível de suspense. Então, é como se ela atingisse, volta e meia, os extremos dessas duas tramas.

Contudo, esse equilíbrio é presente nas reviravoltas, que começam cedo – tanto na relação de Audrey e Thomas como na investigação policial. E tudo isso, aliado à escrita detalhista e instigante de Kerri, deixam a história mais intrigante, sem dúvida. Não é surpresa que a leitura flui muito bem. Pois tem esse clima de suspense que rodeia toda a obra, o que deixam as tramas mais ágeis.

Uma coisa que queria destacar é que somente nesse livro me dei conta da idade de Audrey Rose e Thomas. Não tinha reparado como eles eram novos e como a autora os construiu como personagens maduros. Mas, ainda assim, olhando em retrospecto, é como se ela inserisse certos detalhes que indicam as idades deles. E acho que a forma como eles são descritos está ligada a época em que as histórias se passam, no final do século 19.

“HOLMES, O MALIGNO” É A CONCLUSÃO PERFEITA

A conclusão dessa obra e da série é simplesmente sensacional e desperta vários sentimentos no leitor. Eu diria que ela fechou a série com chave de ouro, indicando um futuro maravilhoso para Audrey Rose e Thomas. Sem falar que ela entrega ação, aventura, reviravolta, revelações e sangue. Afinal, na essência, é uma história de suspense. Mas com muito espaço para o romance de aquecer o coração.

Novamente a autora reserva o final para explicar como se inspirou em fatos históricos para construir essa história de ficção. É incrível ver as conexões, não apenas com a trama desse livro mas com os anteriores. E é incrível como ela conseguiu transformar histórias reais e chocantes ainda mais vivas para os leitores. Sem falar na inclusão que a autora faz de uma personagem com uma condição crônica, tal como ela.

Enfim, tudo isso pra dizer que esse livro é a conclusão perfeita para a série. Tem todos os elementos que consagraram Kerri Maniscalco numa autora referência para o gênero. E estou ansioso para as próximas histórias dela. Mas também vou sentir falta de Audrey Rose e Thomas. Acho que esse é uma coisa ruim de concluirmos séries assim. Depois de tantas aventuras, os personagens se tornam queridos para nós. Portanto, vão fazer falta.

Bom, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

Ficha técnica

Holmes, o Maligno

Autora: Kerri Maniscalco

Páginas: 464

Editora: DarkSide Books

Ano: 2021

Onde comprar: Amazon (físico)

Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

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