Livro O Pacto de Três Graces

Olá, pessoal. Confesso que depois que li sobre “O Pacto de Três Graces”, de Tessa Gratton, para trazer o lançamento aqui para o Estação, eu fiquei com muita vontade de ler. Não deu outra: logo adquiri a obra e comecei a leitura – e não me arrependi, com certeza. É um thriller instigante e intrigante. Espero que aproveitem a leitura!

A HISTÓRIA DE “O PACTO DE TRÊS GRACES”

Duzentos anos antes, a bruxa mais nova do clã Grace se apaixonou. O escolhido era o deus da floresta. Ela e as irmãs se mudaram, então, para aquele lugar, devido a essa paixão. E lá fizeram um pacto demoníaco em busca de prosperidade para a terra de Três Graces, que começava a nascer.

A cada sete anos, o melhor dos rapazes é escolhido para ser oferecido em sacrifício à Floresta do Demônio e se tornar o santo que correrá dentro da mata para nunca mais sair. O problema é que agora, 200 anos depois, parece ter algo errado com o pacto, o que influenciará a vida de Mairwen Grace, Rhun Sayer e Arthur Couch.

UM THRILLER INTRIGANTE

Como disse no começo, é um thriller intrigante, envolvendo pactos, sangue, rituais, bruxas, entre outras coisas. A narrativa é instigante, em terceira pessoa. Não é complicada, apesar de envolver vários personagens e uma história complexa que envolve todos esses elementos. Mas isso não complica a leitura, em si, que flui de uma maneira muito agradável até.

Aliás, tem cenas ágeis, nos momentos certos, que envolvem a floresta. Porque são momentos “tensos”, que mostram a agilidade da narrativa, o suspense no ar, o que nos deixa intrigados e querendo saber o que acontece. É muito importante quando um autor consegue criar essa expectativa.

UMA EXPERIÊNCIA DIFERENCIADA EM “O PACTO DE TRÊS GRACES”

É legal dizer que a história se passa em pouco espaço de tempo, questão de alguns dias, exatamente a partir do ponto em que algo parece errado com o pacto, mesmo ele sendo feito corretamente, há três anos. Então, aí que a narrativa começa a ganhar corpo, revelando mais de seus personagens principais e suas influências para o enredo.

Devo confessar que é uma história que não estou acostumado a ler. Nunca fui fã de coisas envolvendo pactos e rituais. Não por não gostar, apenas por não estar muito familiarizado mesmo. Mas no fim eu adorei a história. Como disse, a autora nos deixa curiosos desde o início, criando um mistério, misturado a cenas de ação, muito sangue, conversas profundas…

E SE VIVÊSSEMOS EM TRÊS GRACES?

Apenas um parêntese para uma discussão que me veio, enquanto lia. Me imaginei vivendo em Três Graces. Me imaginei sendo um “santo”, ao passo que imaginei sendo alguém que entrega esse santo para o demônio, para a morte, simplesmente para que as plantações cresçam, para que os filhos nasçam saudáveis, para envelhecermos bem. Então, me perguntei: a vida de uma pessoa, entregue à morte, vale a prosperidade da maioria? Quanto vale uma vida?

TEM REPRESENTATIVIDADE TAMBÉM!

Fim do parêntese: eu me surpreendi também ao ver representatividade nessa história. É algo que eu não esperava, confesso, mas que a autora insere de uma maneira muito natural e delicada, sem forçar nada. E foi de uma maneira muito inteligente, também, e como isso de certa forma influencia no desfecho da obra.

Além disso tudo, e de toda essa questão de bruxas e pacto e demônios, há uma discussão importante sobre relações humanas, o ser humano, a importância da família, dos amigos, do amor. Ou seja, tem o suspense, a ação, e também o drama de se fazer tudo por aqueles que amamos, pelas dúvidas que surgem conforme crescemos… enfim, é muito instigante ler sobre isso em uma história como essa, sem que a autora perca o fio da meada, por assim dizer.

Enfim, devo dizer que me surpreendi muito com a conclusão dessa obra. Pois é algo eletrizante, digno de uma história grandiosa como essa. Tem muito sangue, muito ritual, muita magia e muito amor – em todos os sentidos da palavra. E mesmo nesse “caos” final, a autora ainda cria elementos que nos deixam intrigados até a última página, até ler “fim”.

E é isso. Mair, Rhun e Arthur são personagens lindos – Arthur merece uns tapas, mas tudo bem – e eu amei conhecê-los. Inclusive, gostaria de ler mais sobre eles, sobre o que o futuro tem reservado para eles. Pois isso fica para nossa imaginação, mas seria ótimo conhecer de fato esse futuro, por meio da leitura. Será possível? Espero que tenham gostado da resenha e até a próxima!

Ficha técnica

O Pacto de Três Graces

Autora: Tessa Gratton

Páginas: 376

Editora: Plataforma 21

Ano: 2020

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Por Douglas Oliveira

Jornalista, leitor voraz e apaixonado por música. Fantasia ou thriller são as escolhas preferidas, mas gosta de se aventurar em toda leitura que o faça sair da zona de conforto.

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